Besta-fera

Ou simplesmente fera. Designação genérica dada a todos aqueles seres que foram criados nas retortas pelos cientistas okefenokees na galáxia M-87, através de manipulações genéticas a partir do material genético do povo dos skoars.

Dados Gerais


Os seres, que logo se rebelaram, foram designados por seus criadores no idioma do centro como bestas-feras. Como eles chamavam a si mesmos é desconhecido. São conhecidos apenas os nomes individuais de povos descendentes ou originários deles, como: halutenses, mooghs, pelewons, ulebs e condicionados em segundo grau. As espaçonaves dolan orgânicas também foram criadas a partir de genes das feras. Os construtores do centro e seus povos auxiliares aplicaram a designação “feras” indiferentemente também de halutenses, mooghs, pelewons, condicionados em segundo grau e ulebs.

Descrição Física


De acordo com o Skoarto, os atacantes no ano 50.600 AC assemelhavam-se às feras que originalmente escaparam de M-87. Desde que halutenses antigos se estabeleceram em Halut, que a partir do ano 50.080 AC atacaram Lemur, provavelmente provindo da mesma população, as feras clássicas provavelmente se assemelhavam aos halutenses de pele negra.

História


A reprodução e a fuga

Cerca de 70.000 anos atrás, por volta do ano 67.700 AC, os okefenokees em M-87 criaram - presumivelmente no planeta Zootkohn, no sistema Dusty Queen - através da manipulação genética a partir do conjunto genético dos skoars, combatentes superiores. Eles se assemelhavam mais ao Skoarto do que aos skoars normais. Não está claro o relacionamento com os engenheiros de base. Os druisants parecem uma versão menor e pacífica das feras, sem o seu metabolismo especial, contudo, também equipados com um cérebro planejador. Os combatentes de retorta se rebelaram contra seus criadores, cobrindo a galáxia M-87 com uma guerra mortífera. O motivo da rebelião contra os okefenokees ainda não está claro. Finalmente, os povos de M-87 unidos sob os construtores do centro (CdC) conseguiram derrotar os rebeldes. Contudo, cerca de oitocentos milhões de feras conseguiram escapar da galáxia M-87 em espaçonaves equipadas com propulsores dimetrans. Aos skoars foram creditados que foram eles que criaram as feras. Pode-se supor que esta mentira propagandística foi espalhada em toda a M-87, já que mesmo o Skoarto acreditava, e, portanto, a responsabilidade dos CdC pela criação das feras era geralmente desconhecida em M-87. Dos cerca de oitocentos milhões de fugitivos – os quais se dividiram em vários grupos, cada qual com um destino diferente -, apenas o destino de um grupo de cerca de duzentos milhões de feras é conhecido e que cerca do ano 67.000 AC alcançaram o centro da Via Láctea em voo dimetrans sem incidentes. Então, por medo de serem perseguidos, se esconderam na Grande Nuvem de Magalhães, já que esta galáxia-satélite não pode ser alcançada diretamente com um salto dimetrans.

As tentativas de criação própria

Passaram-se milênios sem que as feras fizessem nada de extraordinário. Contentavam-se em viver em segurança. O medo da vingança implacável de seus criadores continuava vivo em seus corações, e por mais tempo que passasse, este medo nunca foi dominado. Cerca do ano 60.000 AC as feras voltaram a dar sinais de atividade. De repente recordaram seu passado, que consideravam glorioso. Despertaram para uma nova vida. A construção de espaçonaves foi retomada. As feras começaram a ampliar sua área de influência — não por meio de uma luta declarada, mas subjugando os governos de vários povos estelares, obrigando-os a colocar-se a seu serviço. Depois disso passaram a fazer experiências consigo mesmos. Lembraram-se de que era como tivessem saído de uma retorta e chegaram à conclusão de que o produto dos velhos okefenokees de forma alguma era o máximo que podia ser tirado de uma série de experiências. Seus esforços foram coroados de êxito. Surgiu um novo tipo de fera, que se distinguia das demais pela maior resistência, pelo aumento da agressividade, por um grau mais elevado de inteligência — diferenças estas que podiam ser consideradas graduais. Mas o novo tipo de fera apresentava dois traços que representavam uma diferença essencial de seus antepassados. Primeiro, eram estéreis, mas imortais. Segundo, possuíam a capacidade de transferir sua individualidade para o corpo de outros seres inteligentes. Diante destas novas habilidades, não era de admirar que o novo tipo logo se separasse do antigo e assumisse um papel preponderante. A separação não foi somente espiritual, mas também física. As feras recém-criadas emigraram para fixar-se na Pequena Nuvem de Magalhães, de onde governavam seus súditos, as feras do tipo antigo, que habitavam a Grande Nuvem de Magalhães.

O trauma do paradoxo do tempo

Uma coisa que se acentuou ainda mais no novo tipo foi o medo da perseguição dos okefenokees. Um novo ponto de vista foi-se espalhando. Uma espaçonave entrou na área periférica da Via Láctea, onde realizou pesquisas extensas, informando depois de seu regresso que existia um império estelar (o império da Lemúria) com uma tecnologia bastante desenvolvida, cujos cientistas estavam realizando experiências com máquinas do tempo. Os governantes das feras do novo tipo alarmaram-se. O medo vago que sentiam da perseguição pelos okefenokees concentrou-se num objeto bem definido, transformando-se numa psicose. Não havia nenhuma ligação lógica entre os indivíduos que faziam as experiências e os okefenokees, mas os governantes se convenceram de que quem estava atrás das experiências era o inimigo. Não podia haver dúvida sobre seus objetivos. Se conseguissem fazer uma viagem a um passado distante, não teriam nenhuma dificuldade em anular os acontecimentos que tinham levado ao surgimento das primeiras feras. Com isto desapareceriam imediatamente todos os descendentes dos primeiros seres gerados em retorta, pois um paradoxo corrige-se a si mesmo, com uma lógica implacável. Os seres estranhos (lemurenses) que mexiam com o tempo na periferia da Via Láctea foram declarados inimigos públicos. Uma expedição com uma força poderosa foi enviada e assim começou a guerra contra a Primeira Humanidade e a Lemúria foi derrotada.

Os condicionados em segundo grau

Parecia que por enquanto o perigo de ser eliminado pela máquina do tempo fora afastado. As feras do novo tipo decidiram proteger-se para todo o sempre contra esse perigo e voltaram a fazer experiências com o objetivo de criar um terceiro tipo de fera. A nova série de experiências finalmente produziu o tipo do policial do tempo, com as características do chamado poder vibratório secundário. Foi-lhe dada a tarefa de atravessar a Via Láctea de um lado para outro, providenciando para que ninguém realizasse experiências com o tempo. A tecnologia que permitia a detecção energética das experiências com o tempo fora aperfeiçoada ao máximo. Além disso, os policiais do tempo dispunham de outro instrumento importante: os dolans. No ano 2437, Perry Rhodan julgara conveniente riscar o nome fera do vocabulário oficial. Aquelas feras do sistema Enemy passaram a ser chamadas de ulebs. Nesse ano, uma frota vinda de M-87 destruiu os ulebs entrincheirados no sistema Enemy e os para-arsenais dos condicionados em segundo grau.


 

Créditos: 
  • Capa da edição alemã: Copyright © VPM – Pabel Moewig Verlag KG, Alemanha.

Fontes


  • PR264, PR325, PR341, PR342, PR347, PR348, PR349, PR395, PR423, PR824, PR825, PR826.
  • Seção Glossário da edição digital da SSPG: volumes especificados no campo Glossários Veiculados.
  • Internet: Informações extraídas em parte do site Perrypedia (www.perrypedia.proc.org). This article uses material from the Perrypedia article “Bestien”, which is released under the GNU Free Documentation License 1.2. Informações extraídas em parte do site Perry Rhodan und Atlan Materiequelle (www.pr-materiequelle.de). Informações extraídas em parte do site Crest-Datei (www.crest-datei.de).
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