Campo de alternância antitemporal

Tipo de campo defensivo cuja natureza não é só hiperenergética, mas também temporal. O campo de alternância antitemporal, abreviadamanente chamado de campo AAT, é usado para o deslocamento tempo de sistemas estelares inteiros.

Dados Gerais

Possui a capacidade de isolar as influências energéticas do universo einsteiniano, abolir o nível do plano de tempo normal e criar um nível de existência neutro que, além disso, ainda se encontra deslocado temporalmente. Tem a capacidade de enviar todo o Sistema Solar de alguns segundos a dez minutos no futuro relativo. Não existem dificuldades para programar um ou outro lapso de deslocamento. As verdadeiras complicações residem no fato de coordenar o processo de deslocamento no tempo, que depende de incontáveis componentes, com todas aquelas inúmeras estações distribuídas por todo o Sistema Solar, e conseguir uma distribuição das energias do campo AAT tal que mantenha o sistema em equilíbrio. Mais precisamente, tanto em equilíbrio temporal quanto hiperenergético. O menor erro na distribuição das forças pode levar a catástrofes imprevistas; um descuido grave, ao desmoronamento do Sistema Solar. Levando em conta essas dificuldades, pode-se muito bem imaginar que, além do incrível esforço técnico, uma série de extensos preparativos se faz necessária. Depois disso, o Sistema Solar permaneceria no mesmo lugar, só que não seria mais visto ou localizado pelos habitantes do tempo real fora do campo.

Componentes

• Conversor de alternância principal; satélites de alternância; conversores de retificação antitemporal; distribuidor de tempo normal.

História

No sistema Enemy

Os ulebs se esconderam no sistema Enemy atrás de um campo de tempo por vários milênios. Para isso, o planeta gigante Atlas com suas 13 luas foi transferido em cinco minutos para o futuro relativo através do campo alimentado pelo sol Enemy. O acesso era feito através de um transmissor de tempo, uma bola de energia de 100 km de diâmetro sobre a corona de Enemy. No ano 2437, um comando de ação terrano avançou por uma estação de transmissor no planetoide Sésamo e chegou até o interior do campo de tempo. Ao sabotar o fornecimento de energia, Atlas com suas luas caiu de volta no universo normal. Imediatamente, o sistema Enemy foi envolvido em um campo paratron pelos ulebs. Contudo, a onda de hiperchoque da queda de volta foi medida pelos construtores do centro na galáxia M-87, que despacharam uma força expedicionária. O sistema Enemy foi destruído pela explosão de nova do sol Enemy. Os comandos dos terranos no sistema Enemy conseguiram recuperar a documentação técnica dos ulebs em tempo útil. Isso incluía, entre outros, os planos do campo de tempo.

No Sistema Solar

Ao decifrar os documentos sobre a técnica de campo AAT capturados dos ulebs, os terranos foram apoiados pelos pos-bis, que já haviam tido experiência com os campos relativistas. Desenvolvido pelos cientistas terranos entre os anos 2900 e 3400, o campo AAT foi ativado pela primeira vez no Sistema Solar em outubro do ano 3430, sob o nome-código “Projeto Laurin”, contra o ataque da Coalizão Antiterrana, e deslocou o Sistema Solar inteiro em cinco minutos para o futuro relativo. O Sistema Solar tornou-se então o Sistema Ghost. Com a chamada eclusa temporal, era possível deixar a zona de instabilidade no futuro e retornar ao tempo real. A eclusa temporal também permitia o funcionamento da estrada de contêineres para o planeta Olimpo. Em 16 de julho do ano 3434, o campo de alternância antitemporal foi destruído pelos efeitos colaterais da detonação do satélite da morte dos cappins por uma bomba de sextagônio, quando a energia liberada reagiu com o raio de sucção hipertron do campo AAT. Através da explosão, todo o polo norte de Mercúrio foi destruído. De acordo com o plano Laurin II, o Sistema Solar foi envolvido em um campo paratron.

Nota: Desconhece-se por que o campo paratron não estava disponível durante o ataque dos takeranos com os coletores da Mãe Primitiva.

Durante a crise do Enxame, o sistema do campo AAT ainda não estava restaurado, e quando o Sistema Solar foi adicionado ao Enxame, era hora de reverter para o campo paratron. A segunda ativação do campo AAT no Sistema Solar ocorreu em julho do ano 3459, durante a invasão dos lares, na qual enviou o sistema inteiro em 1,183 minuto para o futuro relativo. Dessa vez, contudo, o Sistema Solar não foi mantido constante no futuro, mas alternou entre 0,00001 segundo e +5,168783 minutos no futuro através do modulador de tempo do projeto Dançarino dos Sonhos, para tornar mais difícil aos lares tecnologicamente avançados penetrar na bolha do tempo. Quando isso finalmente pareceu acontecer através da ação do mergulhador do tempo, a fuga da Terra e da Lua foi preparada através de um transmissor solar, que, contudo, não saiu como planejado e enviou os dois corpos celestes em uma odisseia para o distante Turbilhão Estelar.

A Frota Especial Tsunami

A Liga dos Terranos Livres desenvolveu as unidades Tsunami. Essas eram espaçonaves esféricas com 200 m de diâmetro, unidades da classe Star, que sempre operavam em pares. Uma nave de cada vez foi equipada com um conversor de alternância da microtecnologia siganesa (dispositivo AAT ou mini-CAAT) que permitia que ela se escondesse de 1 a 2 segundos no futuro. A nave parceira sem um mini-CAAT conseguia manter contato de rádio e transmissor com a nave escondida no campo AAT a uma curta distância – no máximo 31,5 km. O espaço de instabilidade aparece como um brilho avermelhado difuso. Ocasionalmente, "nuvens" também se formam. No ano 424 NCG, a LTL tinha cento e vinte naves Tsunami: as Tsunami-1 até a Tsunami-120. As naves com um número par foram equipadas com um mini-CAAT. No ano 447 NCG, a Ts-Córdoba de 500 m de diâmetro foi a primeira nave de uma nova geração de naves Tsunami, que atualmente não necessitavam de uma nave parceira. A Ts-Córdoba foi destruída em julho do ano 1143 NCG enquanto tentava penetrar no Muro de Cronopulsos.