Kalak

Nativo de Andrômeda e membro do povo dos ambulantes. Ele era um engenheiro cósmico e o proprietário da plataforma-estaleiro cósmico KA-barato, na qual os terranos o encontraram no primeiro voo da nave Crest III para a nebulosa de Andrômeda no ano 2404.

Descrição Física e Fisiologia

Tinha aspecto humano, com a diferença de que tinha 1,50 m de altura e igual largura. Devido a essas proporções, o suboficial terrano e tripulante da nave Crest III Brazos Surfat brindou-o com o apelido desrespeitoso de rolo compressor. A pele muito negra destacava-se fortemente contra a capa branca, que era o símbolo dos engenheiros cósmicos de Andrômeda. A cabeça era calva. O rosto era achatado, e os olhos estavam profundamente afundados nas órbitas. Possuía uma barba muito ruiva, que tinha pelo menos 1 m de comprimento, a qual ele dividia ao meio embaixo e passava em torno do robusto pescoço, formando uma gola natural ligada por um nó artístico. A barba era o símbolo da dignidade de um mercador ambulante. Seu coração ficava no lugar em que se encontram os rins de um ser humano. Seus braços e pernas não possuíam qualquer ossatura que pudesse sustentar o peso do corpo, pois isso seria incompatível com a sua paracapacidade. Os terranos provavelmente diriam que era um homem de borracha, pois usava fortes feixes de tendões e cartilagens elásticas para manter ereto o corpo. As mãos e os pés possuíam seis dedos, sendo quatro preênseis e dois polegares. Essa peculiaridade anatômica lhe conferia uma extraordinária habilidade manual, fazendo com que os membros fossem excelentes ferramentas, que Kalak sabia usá-las. Já executara certos reparos que nenhum outro ser vivo seria capaz de realizar.

Paracapacidade

Ele era também, tal qual todos os indivíduos da sua raça, um atravessador ou cruzador de estruturas, nome que ele mesmo se dera. Possuía o dom parapsíquico de dissolver à vontade a estrutura molecular de seu corpo para combiná-lo com outras substâncias. Porém, esse tipo de ligação não constituía a finalidade de seu estranho dom. Essa servia, antes de qualquer outra coisa, para permitir que Kalak atravessasse qualquer espécie de parede. Bastava que ele desse um ou dois passos através da matéria sólida para alcançar peças praticamente inacessíveis, que geralmente tinham de ser desmontadas para sofrer reparos.

História

Era o proprietário e comandante do estaleiro-plataforma voador KA-barato. Por volta do ano 1600 do calendário terrano, ele, como o único sobrevivente de sua estação, optara pela morte parafísica aparente. Seu corpo, cuja estrutura fora estabilizada, tinha sido fundido no interior de um bloco de aço: 2 m de comprimento; 1,80 de largura e 1 m de altura. Tratava-se de uma peça fundida translúcida. Os contornos do corpo de Kalak apareciam em seu interior, embora não se pudesse falar mais num corpo propriamente dito. Enquanto repousasse no interior desse bloco de aço seria eterno, tal qual o material com que fundira as moléculas de seu organismo. Em janeiro do ano 2404, foi acordado quando a nave terrana Crest III pousou no seu estaleiro. Inicialmente, houve um mal-entendido com ele, mas, depois de esclarecido, tornou-se amigo dos terranos, cedendo-lhes a sua estação para servir-lhes de base durante as operações em Andrômeda. Em fevereiro do ano 2406, após a queda dos senhores da galáxia, o ambulante garantiu a Perry Rhodan que ele e seu povo fariam de tudo para preservar os tefrodenses de uma total destruição pelos maahks. No ano 3442, havia uma nave terrana que foi nomeada Kalak em sua homenagem.