Clifton Callamon

Terrano. Ele é um ex-almirante espacial da 3ª CG (terceira categoria de grupamento) da antiga Frota Solar, que, no ano 2401, tinha apenas 38 anos de idade. Era um astronauta treinado, galactopsicólogo e engenheiro de alta energia. Os conhecidos e amigos o chamam de “CC”. A nova tripulação da sua nave, o cruzador de combate Sodoma, o chamava de homem-cometa. Desde maio do ano 427 NCG, ele foi considerado perdido.

Descrição Física

Antes do cativeiro

Tinha 1,99 m de altura e uma constituição atlética, musculosa e de ombros largos. Ele tinha cabelo preto comprido e encaracolado. O formato do rosto era caracterizado por maçãs do rosto salientes e olhos verde-claros ligeiramente oblíquos.

Após o cativeiro

Callamon perdeu todos os cabelos da cabeça durante o cativeiro, mas as sobrancelhas foram mantidas e os cabelos cresceram novamente. A pele perdeu a cor e ficou pálida a partir de então. O corpo inteiro de Callamon estava coberto por inúmeras cicatrizes cirúrgicas. O coração, pulmões, fígado, rins, ureteres, traqueia e esôfago foram substituídos por unidades de alto desempenho que formaram uma unidade compacta. Eles assumiram as funções originais do corpo de uma forma muito melhorada e preencheram as cavidades criadas pela remoção de órgãos. Eles também entregaram impulsos ao corpo de Callamon que se assemelhavam aos de um ativador celular. Após seu retorno para os terranos, Callamon estava mentalmente estabilizado.

Características Psicológicas

Em muitas lutas e batalhas, Callamon mostrou ser um defensor da linha dura. No entanto, ele tem um aguçado senso de justiça, fala com suavidade e calma. Suas frases são polidas, muitas vezes com um fundo irônico. Seu senso de humor também é cheio de ironia e sarcasmo. Popular entre seus subordinados, em seu apogeu muitas vezes mergulhou seus superiores no desespero. Calamon nunca foi casado, mas é conhecido por seus relacionamentos casuais com inúmeras mulheres bonitas. As suas roupas são sempre impecáveis, assim como o gosto pela boa comida. Na “nova era” da Hansa Cósmica, o antigo almirante representa um anacronismo: ele recusa-se a mudar de comportamento, trata as pessoas formalmente por “senhor” e “senhora” e, sobretudo, pede para ser tratado da mesma forma.

Paracapacidades

Ele era um telepata, telecineta, sugestor e tinha a habilidade de precognição. No entanto, essas habilidades eram muito fracas, ele mal tinha consciência delas.

História

Clifton Callamon nasceu em 10 de junho do ano 2363 na Terra, no estado confederado de Ohio. Gucky é um de seus amigos especiais.

Na época do cativeiro

No final de agosto do ano 2401, ele recebeu a ordem de voar com seu grupamento para o aglomerado M-13 para ajudar os arcônidas contra unidades de combate aconenses dispersas. Ao perseguir uma nave aconense, ele se aproximou do aglomerado globular M-3 e ali sucumbiu aos impulsos sedutores enviados pelo porleyterano Turghyr-Dano-Kerg. Callamon penetrou em M-3, foi feito prisioneiro por Dano e mantido vivo por 1.611 anos por meio de várias manipulações e fases de sono profundo, sem que envelhecesse fisicamente. O objetivo de Dano era ancorar nele uma fração do seu próprio potencial mental, para, assim, ser capaz de se integrar ao corpo do terrano. No entanto, Callamon ofereceu a ele uma resistência amarga até o fim.

De volta para os terranos

Quando Callamon foi encontrado por Gucky no planeta Yurgill no ano 425 NCG (ano 4012 DC), ele ainda tinha a mesma idade biológica de quando desapareceu. Após o fim de Voire e Turghyr-Dano-Kerg, o campo defensivo do sistema inteiro se apagou, permitindo que a nave Rakal Woolver voasse para Zhruut. Ali Clifton Callamon foi levado a bordo. Ele desembarcou na Terra em 21 de setembro do ano 425 NCG com a Rakal Woolver. Também a bordo estavam os últimos 2.010 porleyteranos. Eles tentaram tomar o poder sobre a Hansa Cósmica, a LTL e a COPOG. Protegidos por seus escudos Kardec, eram invencíveis. Callamon não concordou com o que achava ser uma resposta muito frouxa da liderança terrana. Ele acreditava que Sagus-Rhet e Kerma-Jo poderiam ser eficazes contra os porleyteranos, a quem ele via como agressores perigosos. Sozinho, ele contrabandeou os darghetanos da Rakal Woolver em uma lixeira e os escondeu nas cavernas de Mogao, perto de Dunhunang, na região da China. Ele foi sugestivamente influenciado por Kitsaiman para que não soubesse mais o que havia feito com os darghetanos e foi colocado no bangalô de Perry Rhodan no lago de Goshun. Ele confrontou Lafsater-Koro-Soth, que queria saber o paradeiro dos darghetanos, e foi interrogado. Ele só conseguia se lembrar de alguém com olhos de tigre. Mais ou menos na mesma época que Perry Rhodan, Callamon teve a ideia de procurar um remédio contra os escudos de Kardec em M-3 ou de enganar os porleyteranos com uma mensagem dos cosmocratas que eles esperavam com urgência. Callamon disse que poderia fazer isso em Zhruut. Rhodan concordou. Os porleyteranos se distraíram com a ação da águia dupla para que Callamon pudesse partir com a nave Cart Rudo. A tripulação não sabia que Callamon estava a bordo. Os porleyteranos perseguiram a Cart Rudo e assumiram o cruzador que havia pousado em Zhruut. A essa altura, Callamon já havia deixado a nave despercebido. Juntamente com o robô especial Haff, que ele mesmo projetou, Callamon preparou a Sodoma para decolar em 10 de outubro e voou para o tênder da LTL Vallanko. Ali, uma tripulação para o cruzador de combate foi treinada. A primeira ação de Callamon e seus novos companheiros foi uma operação de engano realizada no planeta Aralon junto com Gucky. Callamon e Gucky se apresentaram aos porleyteranos como ovninautas chamados “Tallok” e “Turlus”. Isso permitiu que Callamon capturasse um escudo Kardec. Ele entregou esse a Rhodan. Rhodan simbolicamente promoveu Callamon a comandante da frota do primeiro tamanho da associação. Callamon recebeu o distintivo uniforme dos três cometas. Callamon levou o escudo de Kardec para o asteroide Geidnerd algumas semanas depois, onde foi examinado. Um experimento prático levou a pessoa de teste a sofrer graves distúrbios de consciência. Callamon então colocou o escudo. Por precaução, ele deixou o asteroide de antemão com um space-jet. A princípio, Callamon conseguiu aproveitar a autoconsciência inerente do escudo Kardec, mas depois as coisas se inverteram. Callamon foi forçado a atacar o asteroide e a urca leve Higer. No último segundo, ele conseguiu largar o escudo, e esse se desligou. Então Callamon perdeu a consciência. Então ele não percebeu que Atlan traduziu para o space-jet e secretamente pegou o escudo. Callamon mais tarde assumiu que o escudo havia se dissipado ou se teleportado. Nas semanas que se seguiram, Callamon se escondeu dos porleyteranos na Terra. Ele se tornou o contato de Rhodan com as organizações de resistência dali. Em dezembro, ele recebeu a ordem de Rhodan para levar secretamente os gravemente doentes darghetanos para o planeta Tahun.

Durante a ameaça da Armada Infinita

No ano 426 NCG, Callamon fazia parte da Frota Galáctica com a Sodoma firmemente ancorada na nave Branca de Neve quando partiu para o Rubi Gelado. Em 26 de março, os galácticos encontraram uma frota gigantesca ali, a Armada Infinita. Ele recebeu a ordem de Rhodan para fazer o primeiro voo de reconhecimento com a Sodoma. Em 31 de março ele partiu. Alaska Saedelaere também o acompanhou. A Sodoma foi rebocada por unidades da Armada como um naufrágio camuflado e levado para uma nave-estaleiro. Depois de testemunhar um acidente de uma nave cilíndrica, eles fizeram contato com os cygridenos. Eles ajudaram o cygrideno Maldarel Foq e aprenderam sobre a chama da Armada e os montadores da Armada pela primeira vez. Como agradecimento pelo apoio, Foq fez com que a equipe visitante retornasse para a Sodoma. Em 5 de maio, a Sodoma seguiu a BASE através do Rubi Gelado e alcançou a galáxia M-82. Callamon imediatamente tomou a iniciativa e embarcou em vários voos de reconhecimento nas semanas seguintes para coletar informações sobre M-82, a Frota Galáctica e a Armada Infinita. Depois de tal voo de reconhecimento em 28 de junho do ano 426 NCG, ele teve que descobrir que o tênder havia sido ocupado por montadores da Armada que estavam sob o comando de um prateado, um ferreiro da Armada, que se chamava Noschenhew. Devido à superioridade das unidades da Armada, Callamon se rendeu. Ele teve que embarcar na Kadarratang, a nave capitânia do ferreiro da Armada. Ali, ele recebeu a tarefa de recuperar os dados de uma nave de coleta de dados da Crônica da Armada. CC e um pequeno grupo de ataque pousaram em um planeta infernal em 8 de julho, porém, os dados foram corrompidos. Apenas o gravador de voo pôde ser recuperado. Esse CC escondeu dentro de Haff. Desapontado, Noschenhew devolveu a Kadarratang para o tênder. Cinco dias depois, os terranos começaram uma revolta. O tênder rapidamente se tornou um desastre, mas Noschenhew foi pego e seu montador destruído. Callamon exigiu a entrega da Sodoma. Em troca, ele liberou o ferreiro da Armada. O cruzador de combate tornou-se incapaz de voar em 26 de julho devido à sua idade e não pôde mais ser reparado com recursos a bordo. Em 2 de agosto, o cruzador de combate foi encontrado, evacuado e explodido pela BASE. Em 23 de setembro, foram avaliados os dados que Roi Danton trouxe do planeta Nand. Callamon partiu com a Orgon, uma nave espacial da classe Tebas como parte de um pequeno comboio de cinco naves do tipo Tebas e 20 cruzadores e 20 corvetas cada. Rhodan estava no comando. Eles queriam encontrar o sincródromo no qual a sua sincronite se originou. A Orgon de Callamon fingiu ser uma unidade dispersa em perigo da Frota Galáctica e serviu assim como isca para os prateados. Ele pediu ajuda da estação supostamente desconhecida Murkchavor com um suposto dano no propulsor. Antes que o sincródromo pudesse ativar seus campos defensivos, dois space-jets atracaram. Após a implantação bem-sucedida, CC retornou para a BASE-ONE com a Orgon. Quando Liam Lotz retornou à BASE-ONE no cruzador leve Sedar e relatou o destino de Salik, Gucky e Tschubai, Callamon sugeriu a Operação Enxame de Zangões. Assim, 5.000 naves espaciais da Frota Galáctica deveriam atacar o muro da forja e ao mesmo tempo ejetar todos os space-jets e jets Topsid, um total de cerca de 40.000 unidades, e avançar para a forja. Em 12 de dezembro, ele mesmo, junto com Fellmer Lloyd, penetrou em um space-jet para a forja da Armada Hortevon. Eles conseguiram libertar Tschubai e Salik, Gucky ainda era considerado desaparecido. O ilt conseguiu se libertar em 14 de dezembro, Callamon e as unidades restantes retornaram à base BASE-ONE. No final de fevereiro, a base BASE-ONE foi liberada e Callamon partiu para o Loolandre com a BASE e toda a Frota Galáctica. Durante o voo, as atividades foram observadas pelos povos auxiliares da superinteligência negativa Seth-Apophis. Em meados de março, Seth-Apophis perdeu contato com seu coletivo de consciência e a situação na Frota Galáctica voltou ao normal. Quando a BASE chegou ao Loolandre em 18 de maio, Callamon se juntou à Operação Minúscula. Junto com Leo Duerk, ele tentou coletar mais informações sobre o Loolandre. No Planetário do Heernx, os dois se encontraram com Heernx, um ser de plasma, de quem souberam de Ordoban e seu destino. Quando os guardiões apareceram, Callamon fez contato físico com Heernx. A criatura de plasma não o deixou ir e o levou para dentro de si. Callamon foi capaz de pedir ajuda antes de se desmaterializar com Heernx. Então, aparentemente, Callamon morreu.

Homenagem

Em homenagem a Callamon, uma classe de nave espacial foi nomeada, a classe Callamon.