Erva rápida
Termo biológico da flora. Espécie de planta do planeta Greendoor, situado na Via Láctea. Essa foi outra planta utilizada pelos núcleos populacionais plofosenses. Assim os plofosenses denominavam uma planta perigosa que habitava os canais das cidades e que preferia permanecer embaixo da superfície nos estágios iniciais de seu desenvolvimento. No estado adulto era uma planta relativamente inofensiva. Era incapaz de movimentar-se e contentava-se em “coletar” as folhas caídas de outras plantas com seus caules pegajosos e dissolvê-las lentamente. Mas as cápsulas que envolviam as sementes da erva rápida tinham qualidades muito perigosas. Assim que se desprendiam da planta adulta, davam início à sua caminhada. Uma quantidade enorme de fios finíssimos entrelaçava-se em torno dela e podiam contrair-se e dilatar-se segundo as necessidades. Quando a cápsula se contraia, ela se transformava numa espécie de mola natural; bastava uma dilatação rapidíssima de seus fios para que dessem saltos de vários metros. Dessa forma as sementes caminhavam várias milhas pela superfície de Greendoor. Morriam aos milhares, mas outros milhares chegavam a um lugar em que podiam fixar-se e crescer. Desde que foram fundadas as cidades plofosianas, as redes de canalização incluíam-se entre os locais de fixação preferidos das sementes da erva rápida. Uma vez atingida a posição de repouso, as cápsulas abriam-se na face superior para absorver alimentos. Insetos, roedores e os cogumelos gigantes eram as vítimas mais frequentes das cápsulas que se fechavam sobre eles. Nesse estágio as cápsulas iniciavam o crescimento. Aumentavam de tamanho, até que uma nova planta começasse a medrar em seu interior. Com isso a cápsula cumpria sua última finalidade. Servia de barco à jovem planta, que boiava nela pelos canais e saía para as águas livres. Da mesma forma que os cogumelos gigantes, também as ervas rápidas sofriam grandes perdas no mar, mas inúmeras cascas que serviam de navio às plantas chegavam à costa. Mais uma vez as cápsulas saltavam com sua preciosa carga. Dando a impressão de que estavam nas convulsões da agonia, penetravam nas matas onde apodreciam, enquanto seu passageiro já começava a produzir novas sementes.
Fontes
- PR181.
- Internet: Informações extraídas em parte do site Perrypedia (www.perrypedia.proc.org). Direitos das traduções: SSPG Editora, 2024.