Volatense

Povo não humano e inteligente, nativo de Volat, o segundo mundo de um total de seis planetas do sol Heperés, situado na Via Láctea. Eles descendem de insetos, mas evoluíram para uma forma humanoide. São seres pacatos que vivem num sistema matriarcal e são governados por uma rainha chamada Mãe Onisciente.

Descrição Física e Fisiologia

Os volatenses andam eretos, têm quase dois metros de altura e são extremamente finos. De pé atingem a altura de 1,80 m (2,10 m para fêmeas), parecendo um bípede com dois braços, uma cabeça comprida, e um rabo pequeno. A cabeça possui dois olhos grandes facetados, salientes e encimados por antenas. As extensões da cabeça medem meio metro a partir da boca para cima, em direção a mais alta de suas cristas triplas. Os braços e as pernas são magros e terminam em dedos longos, bem adaptados para escalar em seu mundo com florestas cheias de árvores. Seus corpos são feitos de articulações finas, pernas de inseto, às vezes revestidas por córneas. Os volatenses possuem principalmente um sistema de exoesqueleto, formado por um material intermediário entre a queratina de insetos e cartilagem. A pele preto-marrom às vezes é revestida por córneas em vários lugares. A cor de sua “pele” é principalmente o marrom-esverdeado para as fêmeas e verde-escuro (tendendo ao negro) para os machos. Embora eles se alimentem com as bocas situadas em suas cabeças, respiram por três jogos de abertura em suas costas, que se ligam a um par de pulmões segmentados dentro de seus corpos. As fêmeas possuem estrutura um pouco mais delicada, mas elas são as principais responsáveis pelo cultivo da selva. A linguagem deles é imperceptível ao ouvido humano, pois se desenvolve na faixa ultrarrápida do ultrassom, que geram com suas antenas. Portanto, os volatenses se comunicam por transmissões eletromagnéticas na faixa de 100 kHz. Embora produzidas através de órgãos especiais dentro de seus corpos, as transmissões são recebidas pelas antenas. Assim, rádiotransmissões em sua faixa de comunicações não são permitidas em Volat.

Características Psicológicas

Os volatenses são pacíficos, mas desprezam os arcônidas e saltadores que se estabeleceram em Volat. Eles vivem vidas muito isoladas e seu distanciamento é proverbial. Eles não desenvolveram tecnologia superior - zarabatanas são usadas na caça, por exemplo - em vez disso, os volatenses se dedicam às ciências espirituais.

Sociedade e cultura

Os volatenses não desenvolveram uma tecnologia própria, e o que mais chama a atenção neles é a sua cultura, caracterizada por ritos estranhos. Eles se submetem a um matriarcado de âmbito planetário e adoram como sua rainha a “Mãe Onisciente”, a quem fazem peregrinações para realizar reuniões ou buscar conselhos. Nas dezesseis comunidades nativas (dezesseis é um número santo para os volatenses, já que é o quadrado do número de dedos que possuem em uma mão) ao redor de Volat, as comunidades se concentram em torno de suas rainhas-mãe. Tão alta quanto as outras fêmeas, a rainha-mãe é muito mais dourada, com uma cabeça maior. Ao contrário dos insetos terranos, as rainhas não são as únicas fêmeas férteis nas suas comunidades. De fato, as rainhas já deixaram sua fase reprodutiva. Quando a rainha começa a envelhecer, uma nova fêmea é escolhida pelo conselho e alimentada com o equivalente a geleia real. Isto a muda e prolonga sua expectativa de vida para aproximadamente duzentos anos, aumentando suas capacidades mentais imensamente. As rainhas normalmente são muito sábias e são o centro da cultura volatense. Muitas também possuem habilidades psiônicas. Na sociedade volatense, os machos têm pequena ou nenhuma presença pública dentro das cidades. A maioria dos seus deveres está fora dos limites da cidade, enquanto os das fêmeas estão dentro desses limites. Isso só muda três vezes durante o ano de Volat. Essas três vezes são a da fertilização, a da postura e o período em que chocam seus ovos. As fêmeas são notavelmente mais inteligentes que os machos. Contudo, é interessante notar que a maioria dos contatos que os volatenses mantêm com o mundo arcônida é administrado pelos machos.

Tecnologia

Os volatenses já não parecem possuir uma tecnologia mecânica. Porém, possuem uma tecnologia voltada para a ecologia sofisticada, que eles usam para cultivar as selvas que cercam suas cidades. Eles também mostram alguns sinais de ser capazes de criar plantas e animais para ajustar necessidades específicas. De acordo com os contatos mantidos com os volatenses (principalmente mediadores volatenses) a tecnologia principal que eles estão tentando desenvolver é psico-filosófica, acreditando que eles podem afetar a natureza do Universo atuando na cultura e percepções dos seres que habitam o Universo. Não são conhecidos volatenses que viajem para fora de seu mundo.

Volatenses conhecidos

• Mãe Onisciente (matriarca dos volatenses [provavelmente um título em vez de um nome próprio]) e O-oftftu-O (ele ajudou Fellmer Lloyd em sua missão).

História

Os volatenses são uma raça muito velha, que desistiu de lutar por uma civilização altamente mecanicista. Eles se restringiram a dezesseis comunidades ao redor de Volat, com populações de cerca de 240.000 indivíduos cada. Cada uma tem rainha-mãe e um conselho governante. A vida é executada como um complicado “jogo” cada dia. Os machos vasculham as florestas ao redor das cidades, procurando perigos (doenças, aumento ou diminuição em animais ou plantas, etc.), enquanto as fêmeas cuidam da própria cidade central, cuidando de seu desenvolvimento e da produção de comida. O que poderia ser entendido como planos sacerdotais cuidam do desenvolvimento da cidade na floresta e da filosofia racial. No ano 2040, ocorreu pela primeira vez o contato efetivo dos terranos com os volatenses, quando o superescuta Ralph Sikeron, membro do Exército de Mutantes terrano, fugiu da capital Kuklón e entrou na selva. Sikeron descobriu que os volatenses mostram traços surpreendentemente humanos em seu pensamento. Ele também descobriu que a Mãe Onisciente estava bem informada de que existem muitas outras formas de vida inteligente nas “profundezas dos mundos estelares”, como ela chamava o espaço. Uma qualidade que era particularmente importante para os mutantes terranos também veio à tona: através do contato físico, os volatenses são capazes de aprimorar as habilidades de um mutante. Pouco depois, o mutante Fellmer Lloyd foi a Volat investigar o desaparecimento de Ralph Sikeron. Ele achou os volatenses uma raça fascinante. No ano 2047, como parte do programa de revitalização arcônida do imperador Gonozal VIII, Volat recebeu o status de mundo de livre comércio. No século XXXII, os volatenses dominavam as viagens espaciais independentes. Mas ainda adoravam a Grande Mãe. No ano 1291 NCG, os volatenses participaram da batalha dos galácticos contra a fábrica cósmica Matéria.