Estrada de contêineres

Tecnologia de transporte. Assim é chamada a rota de transmissores de matéria, uma conexão de transmissor de carga fixa - esporadicamente também chamada de ponte de contêineres -, equipada com uma eclusa temporal, ligando o Sistema Solar, que estava oculto no futuro relativo protegido pelo campo AAT, e o planeta Olimpo.

Dados Gerais

A estrada de contêineres foi criada para abastecer a Terra e os demais planetas habitados do Sistema Solar. Um tênder de frotas da classe Dinossauro foi usado como uma interseção entre o Sistema Solar, então deslocado temporalmente, e o espaço normal; ele contém a estação de controle completa para controlar a eclusa temporal. Nas imediações do fim da eclusa temporal, um teletransmissor externo erguia-se no espaço normal. Colunas luminosas vermelhas saem dos blocos de projeção da plataforma do tênder e unem-se a seiscentos metros de altura formando o arco-portal do teletransmissor. Esse transmissor serve como um ponto de transferência para os teletransmissores do planeta Olimpo. Um sistema de raio trator automático (também chamado de “estrada de energia”) assume o transporte dos contêineres através da eclusa temporal em ambas as direções. A forma dos contêineres é padronizada e cada contêiner mede mil e quinhentos metros de comprimento, 300 metros de largura e 300 metros de altura. Esses são envoltórios gigantes simples, que servem para o armazenamento de mercadorias. Esses contêineres não estão equipados para uma tripulação, nem mesmo uma propulsão eles possuem. A capacidade de carga de um contêiner é de 40 milhões de toneladas.

História

A estrada de contêineres foi inaugurada e declarada aberta por Homer G. Adams, entrando em operação pela primeira vez a partir de 2 de novembro do ano 3431, no contexto do Caso Laurin. Através dessa construção sem igual, a Terra e os outros planetas habitados do Sistema Solar, a partir de então, passaram a serem fornecidos com bens e matérias-primas vindas de diversos planetas da Via Láctea. Por outro lado, o excedente de bens do Sistema Solar foi encaminhado para o mercado da Galáxia através de Olimpo. Durante a crise do Enxame e a imbecilização de âmbito galáctico, o fornecimento da população da Terra pela estrada de contêineres - então chamada de rota de Containtrans - continuou a operar. Mesmo quando o Sistema Solar no ano 3459 foi colocado sob a proteção do campo AAT pela segunda vez, para privar a Terra do acesso pelos lares, o sistema era essencial para o suprimento de 20 bilhões de pessoas. Depois disso, ela permaneceu desativada durante o período de domínio do Concílio dos Sete. Após o término do domínio do Concílio, a conexão voltou a funcionar, embora a população estivesse muito abaixo de 130 anos antes. Em 1º de maio do ano 3586, ela foi reativada. A estrada de contêineres permitiu que a Liga dos Terranos Livres (LTL) minimizasse o tamanho das instalações industriais da Terra e, acima de tudo, reduzisse significativamente o número de espaçonaves pousando e decolando. Como resultado, a poluição ambiental foi reduzida - em comparação, a poluição do transmissor para a mesma quantidade de carga foi calculada como inferior a 8% da poluição de um transportador de 2.500 metros - bem como o esforço do controle do clima por Nathan. Além disso, a LTL usou a vulnerabilidade da estrada de contêineres propagandisticamente aos outros povos da Via Láctea como prova impressionante de sua vontade de paz. Após a fundação da COPOG, a estrada também serviu a um propósito político. Ela era uma linha de suprimento vital para a Terra. Já que ela poderia ser cortada tão facilmente (por exemplo, por uma guarnição do planeta Olimpo, onde praticamente não havia nenhuma defesa), a LTL queria tornar visível dessa maneira que ela não buscava a hegemonia na Via Láctea. No ano 3587, no entanto, essa exigência saiu pela culatra, quando os orbitantes ocuparam Olimpo e cortaram a Terra de qualquer suprimento.