Androepidemia

Termo da medicina. Designação dada a uma doença infecciosa, causada por bactoesporos programados, que se espalhou a bordo da nave terrana Mesacion no ano 3457.

O patógeno


O agente causador da androepidemia foi descoberto pelo dr. Yuean Tsung, médico neurocirurgião de bordo da Mesacion, e nomeado como “androbactéria”. Trata-se de organismos unicelulares, parasitas, microscópicos, do tipo de uma bactéria terrana. Em 7 de abril do ano 3457, a Mesacion, que tinha deixado a estação Lookout com a equipe terrana de quarenta e dois sobreviventes e estava voltando para a Via Láctea, atravessou durante o seu voo o cone direcional de uma transmissão de rádio emitida à velocidade normal da luz. Essa transmissão era proveniente da periferia de Andrômeda, a uma distância de cerca de um milhão de anos-luz, e tinha uma extensão de aproximadamente doze bilhões de quilômetros. O conteúdo da mensagem era de grupos de símbolos e representações de figuras geométricas, bem como ilustrações coloridas e tridimensionais de paisagens alienígenas e construções. Depois que três membros de uma equipe de reparos da nave apresentaram fortes dores abdominais, um exame espectroscópico revelou neles a presença de corpos estranhos com o mesmo formato das figuras mostradas na transmissão de Andrômeda. Esses corpos desencadearam processos inflamatórios e foram extraídos cirurgicamente. Outros tripulantes da nave foram infectados posteriormente; entre esses, estavam o dr. Goshmo-Khan e o pseudoneandertalense Lorde Zwiebus. Exames com microscópio revelaram a presença de bactérias que se reproduzem através de esporulação e se encontram ionizadas. Os bactoesporos podem sobreviver mesmo no vácuo do espaço. Por terem carga elétrica, são transportados por certos componentes eletromagnéticos da radiação existente no espaço.

Os sintomas


Depois que esses bactoesporos germinam em número suficiente, eles se multiplicam por todo o corpo da pessoa infectada. Em poucas horas, inúmeros patógenos são agrupados e formam “modelos” que representam principalmente formas geométricas, mas também pequenas estatuetas, modelos de edifícios ou figuras humanoides. Essas estruturas têm alguns centímetros de comprimento e podem se desenvolver por todo o corpo até que finalmente saiam pela pele da pessoa afetada. Dependendo do local da aglomeração, o paciente desenvolve os sintomas como os que um corpo estranho causa no tecido humano: comichão, processos inflamatórios de gravidade variável e as feridas correspondentes quando um “modelo” rompe a pele. Se essas estruturas se formarem em órgãos vitais, como o cérebro, a infecção pode levar à morte se elas não forem removidas cirurgicamente a tempo.

História


A androbactéria, no entanto, não é uma espécie que ocorre naturalmente. Uma civilização desconhecida, com intenções pacíficas, cujo mundo natal deve estar em algum lugar na borda exterior da galáxia Andrômeda, modificou o organismo unicelular há pelo menos um milhão de anos, de modo a poder espalhar “mensagens” altamente complexas pelo espaço. Dessa maneira, os engenheiros genéticos da raça desconhecida garantiram que as realizações de sua cultura pudessem fazer a longa jornada até a Via Láctea usando as ondas de rádio. Dessa forma, os bactoesporos alcançaram as proximidades da estação Lookout, onde, aparentemente, entraram em contato com o patógeno da DAP, o chamado paravírus, o que os levou a sofrer mutações e a se comportar de forma malévola. Se os bactoesporos não conseguirem encontrar um corpo hospedeiro adequado, então eles ganham energia de quaisquer compostos orgânicos (por exemplo, dos plásticos usados dentro de uma nave espacial). Eles decompõem essas substâncias muito rapidamente, de modo que os bactoesporos são um grande perigo para quase todas as raças que viajam no espaço. Por sorte, na posição da Mesacion, o cone de emissão dos bactoesporos mutados já estava tão ampliado que iria se dispersar totalmente no espaço entre a estação Lookout e a Via Láctea. Em 7 de abril do ano 3457, a Mesacion deixou a estação Lookout com a equipe terrana sobrevivente e tomou o caminho de volta para a Via Láctea. No caminho, a nave esférica captou uma transmissão de rádio emitida apenas com a velocidade da luz. O conteúdo da mensagem era representado por esporos bacterianos. Os bactoesporos atacaram vários membros da tripulação. Dado o crescente dano aos materiais e à tripulação, o chefe da expedição Julian Tifflor decidiu pousar no Mundo dos Cem Sóis, que estava localizado relativamente próximo. Quando a nave espacial finalmente alcançou o Mundo dos Cem Sóis em 16 de abril do ano 3457, havia apenas 14 sobreviventes a bordo.


 

Créditos: 

Fontes


  • PR616, PR617.
  • Seção Glossário da edição digital da SSPG: volumes especificados no campo Glossários Veiculados.
  • Internet: Informações extraídas em parte do site Perrypedia (www.perrypedia.proc.org). This article uses material from the Perrypedia article “Andro-Pest”, which is released under the GNU Free Documentation License 1.2.
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