Mooff (povo)
Povo inteligente e não humano, nativo do sistema do sol Mooff, localizado na Via Láctea, no aglomerado estelar globular M-13. Habita o sexto planeta do sistema, Mooff VI.
Aparência e fisiologia
Possuem um metabolismo baseado no carbono, que incorpora uma quantidade de silicone considerável. Considerando a atmosfera do seu planeta, eles são seres que respiram metano e amoníaco. Têm a forma de medusas e, em repouso, possuem a forma de um sino com 2,5 m de altura e 1,5 m de largura. Seus corpos possuem uma incrível elasticidade, que lhes permite controlar sua forma. A pele exterior se constitui de uma malha de minúsculos pratos armados, extremamente dura, interconectada por uma malha muscular complicada, que lhes permite controlar sua forma. No buraco de seu corpo está seu tecido, com exceção de suas bocas, permitindo-lhes criar pseudomembros para manipulação à vontade. Embora eles possam, e frequentemente o façam, estender os pseudomembros além de sua saia exterior (eles podem estendê-los até três metros) eles preferem executar manipulações complicadas dentro do abrigo de sua saia, onde seus sentidos são menos afetados pelos elementos. Uma adaptação interessante que ocorreu nos pseudomembros dos mooffs é que eles podem forma-los com geradores de microondas poderosos. Em alguns animais isto se desenvolveu como uma forma de ferir ou matar a presa. Porém, os mooffs refinaram o órgão para “derreter” através de muitos materiais. Com a ajuda desse órgão, eles podem marcar materiais como os humanos fazem linhas no barro ou lama. Por causa da natureza opaca e turbulenta da atmosfera de seu mundo, a visão baseada na luz normal é inútil. Os mooffs, como outras criaturas de seu mundo, usam sensores ativos de sonar (sônico) e maser (microondas) para navegar em seu mundo. Os emissores podem ser achados como um anel de botões sobre seus corpos, a dois terços do corpo acima da saia, como um anel de botões mais detalhados dentro do buraco. Embora os mooffs botem ovos, esses são recolhidos imediatamente e são mantidos dentro da cavidade da fêmea até que choquem e alcancem uma idade na qual possam deixar esse ambiente protegido e viver de forma independente (aproxidamente aos três anos). Sua estimativa de vida é de 800 anos terranos.
Características
Os mooffs parecem não temer a morte e, se têm a oportunidade, eles buscam transferir suas recordações mais importantes antes de morrer. Eles são capazes de seletivamente reter ou eliminar recordações, um método que eles usam para ajudar membros do próprio povo que tenham se tornado psicologicamente perturbados. Alguns de seus peritos em memória trabalharam com a USO no desenvolvimento de programas de hipnotreinamento e reabilitação psicológica. São seres simples e sem orgulho.
Paracapacidades
Como não sabem falar, são telepatas de nascença, e mais tarde desenvolvem a capacidade da sugestão, embora essa permaneça bastante atrofiada. Além dos sentidos físicos, os mooffs são telepatas e, quando eles formam um bloco psíquico, podem produzir efeitos sugestivos, telecinéticos ou pirotécnicos. Alguns indivíduos de cada geração parecem possuir a capacidade para se teleportar. Apesar de uma constante transferência telepática subconsciente e consciente, eles não consideram possuir uma consciência racial.
A biologia do seu mundo
Desde que os arcônidas são extremamente egocêntricos, eles sempre tenderam a ver mundos de atmosfera pesada como desperdícios estéreis. No caso dos mooffs eles estavam muito errados. Embora energia solar entre no ecossistema dos mooffs, seu efeito só é sentido, diretamente, na atmosfera superior. É ali que os fotossintetizadores vivem, principalmente microorganismos, embora algo análogo ao plâncton terrano também exista. Por causa das dificuldades em manter a altitude necessária para absorver eficazmente, os fotossintetizadores nunca evoluem além de organismos pequenos. Na proximidade da superfície de Mooff uma forma separada de vida evoluiu. Desenvolvendo-se próximo de fendas térmicas, formas quimossintéticas evoluíram. Ao longo dos milênios, essa forma de vida original se desenvolveu ao longo de duas linhas. A primeira permaneceu dependente em substâncias químicas para obter energia, mas outra linha evoluiu em organismos pluricelulares capazes de sintetizar energia a partir de elementos químicos (análogo a plantas terranas) ou consumidores de outros organismos (análogo a herbívoros e carnívoros terranos).
Sociedade
O seu líder espiritual leva o título de Trorth. Também nos campos de filosofia e psicologia ocorreram grandes trocas de conhecimento. Embora a filosofia dos mooffs em alguns pontos fosse muito avançada (como lógica), eles ficaram expostos a um universo maior e extremamente ativo, o que os levou a reexaminar sua filosofia (que os guiara por milênios). Os mooffs também possuem excelentes xenopsicólogos (especialmente quando tratam de seres de atmosfera pesada) capazes de aplicar seu intelecto e suas capacidades telepáticas para compreender as mentes de estrangeiros.
Tecnologia especial e espaçonaves
Embora os mooffs tivessem uma tecnologia avançada própria, essa está voltada para baixas temperaturas e não inclui qualquer tecnologia interplanetária ou interestelar. Os mooffs não têm a menor noção de tecnologia e a navegação espacial é um mistério para eles. Como resultado, sua tecnologia foi ignorada (de fato, nem mesmo reconhecida) pelos arcônidas por milhares de anos. Porém os terranos, sempre em busca de novas técnicas, reconheceram os benefícios em tecnologia de materiais dos mooffs. Foram desenvolvidos numerosos materiais criogênicos e de baixa temperatura em cooperação com os mooffs. Outro campo que se desenvolveu foi o de pesquisa e engenharia ambiental em mundos com elevada gravidade.
Mooffs conhecidos
- Meec’pal, Trorth.
História
Esses habitantes do sexto planeta de um sistema estelar situado à apenas 36 anos-luz do sistema Árcon tem uma história que se estende por centenas de milhares de anos. Eles desenvolveram e destruíram várias civilizações globais em seu mundo. Esse ciclo parece ter parado de repente uns 100.000 anos atrás, quando os mooffs desenvolveram habilidades telepáticas. Depois de algumas guerras telepáticas, existiram telepatas suficientes na população para que a consciência coletiva se desenvolvesse, e a paz relativa reinou. O último mooff' não telepata morreu aproximadamente 70.000 anos atrás. Desde então os mooffs têm trabalhado para desenvolver sua civilização. Os mooffs na verdade possuem uma elevada tecnologia, superior à existente na Terra antes do advento da tecnologia arcônida. Antes dos arcônidas descobrirem seu planeta, eles tinham passado o período de expansão tecnológica e dedicavam-se, principalmente, a refinar a tecnologia que eles já possuíam. Com esse objetivo, desenvolveram cidades próximas de fissuras térmicas para poder utilizar energia geotérmica e nutrientes químicos. Embora os mooffs na verdade tivessem veículos atmosféricos (sem campos de força no estilo arcônida), eles raramente os usavam, já que podiam se comunicar telepaticamente com qualquer outro congênere no mundo. Com a tecnologia bem desenvolvida e o seu ambiente se recuperando dos efeitos das guerras anteriores e da poluição, os mooffs começaram a se concentrar no desenvolvimento de sua filosofia e habilidades telepáticas. Várias vezes eles sentiram a presença de inteligências alienígenas se aproximando de seu mundo, porém, nenhum contato foi mantido até a chegada dos arcônidas (há 20.000 anos). A vinda dos arcônidas produziu uma revolução na sua filosofia. Apesar de saberem que inteligências estrangeiras existiam, a natureza dessas inteligências permaneceu, essencialmente, desconhecida. De repente, eles tiveram uma riqueza de inteligências estrangeiras para estudar. Embora os mooffs pensassem que seus padrões não fossem totalmente incompatíveis com padrões de pensamento humano (eles possuem os dois padrões básicos de sobrevivência), o volume do trabalho para traduzir conceitos levou um tempo considerável. Embora o pensamento de explorar o Universo tenha surgido, eles perceberam depressa que não seria provável que os arcônidas os ajudassem nesse projeto. Eles esperaram e estudaram. Gradualmente, visitas acorreram, até que cessou o interesse por eles. No século XX, os pacíficos mooffs foram forçados pelos aras a usar influência sugestiva para incitar a população do planeta Zalit contra o Tai Ark’Tussan (Grande Império de Árcon). Os aras chegaram a Mooff VI por volta do ano de 1950. No princípio eles simplesmente monitoraram e estudaram os mooffs e seu mundo. Utilizando-se de capacetes de proteção telepática, os aras não podiam ser monitorados pelos mooffs. Quando eles começaram a sequestrar mooffs, os capacetes impediram que os mooffs localizassem seus irmãos. Algumas décadas depois disso começaram a surgir os “mestres-cantores” (formas de vida artificiais, criadas pelos aras, que incorporavam tecidos de mooffs e capacidades de teleportação). No princípio, as incursões dos mestres-cantores destruíram grandes áreas de várias cidades dos mooffs, e muitos deles. Porém, eventualmente os mooffs aprenderam a se proteger dos mestres-cantores. Então os aras começaram a clonar seus próprios mooffs (os quais, apesar de como surgiram, os mooffs os consideravam como suas crias) e a transportá-los para outros mundos, a fim de utilizar suas capacidades telepáticas e sugestivas para ajudá-los a controlar os mundos dentro do Império de Árcon. No ano de 1984, Perry Rhodan descobriu e estragou o plano dos aras de usar as crianças dos mooffs para influenciar e dominar os zalitas. Quando isso foi descoberto pelos terranos no planeta Zalit, o Robô Regente ordenou a destruição de Mooff VI. Só pela intervenção dos terranos essa destruição foi evitada. Com a revelação das atividades dos aras, o Regente rescindiu sua ordem de destruição.
Nota: Nos Volumes de Prata, esse incidente foi descrito da seguinte forma: Após os fatos terem sido esclarecidos, os mooffs foram colocados fora de ação pelo Exército de Mutantes e mantidos inconscientes. Depois que Rhodan destruiu a base dos aras no planeta natal dos mooffs, os respiradores de metano libertados do jugo dos aras foram devolvidos para Mooff VI.
Desde então tem havido uma relação amigável entre os mooffs e os terranos. Logo depois a “Terra” foi destruída e os mooffs se isolaram mais uma vez do Império. Mas não totalmente. Cinquenta mooffs acompanharam os terranos para achar o antídoto para a pestilência de euforia que tinha afligido setecentos terranos e a arcônida Thora. Eles também ajudaram a localizar a maioria dos clones criados pelos aras em vários mundos do Império. Os cinquenta adultos escolheram acompanhar os terranos até o sistema Vega (já que não havia um planeta satisfatório no Sistema Solar), onde eles começaram uma colônia no décimo sexto planeta do sistema. Depois que o Império Solar reentrou no cenário político da Galáxia, os mooffs e sua colônia começaram a manter comunicações regulares. Os dois mundos de mooffs foram fortes promotores dos ideais do Império Solar em mundos com atmosfera pesada dentro e fora do Império de Árcon. O número de mooffs fora de seu mundo é muito pequeno (só 5.124 no total em todos os tempos), mas esses representantes provaram ser membros valiosos da USO. Em meados do século XXI, Atlan pediu ajuda aos mooffs para estabilizar o Grande Império. Assim, a partir do ano 2047, os mooffs estiveram a serviço do imperador Gonozal VIII (Atlan), viajando para fora do seu mundo em recipientes pressurizados móveis. Muitos deles serviram em planetas importantes e em algumas espaçonaves com suas capacidades mentais, incluindo um grupo no Palácio de Cristal, no planeta Árcon I, sob a liderança de Meec’pal. Após a fundação da USO, os mooffs também apoiaram com suas capacidades essa organização liderada por Atlan. Várias missões deles no século XXV foram relatadas. No ano 2441, os mooffs em Quinto Center alertaram Atlan sobre a tentativa de golpe do general da USO Maras Hy Pilam, e, no mesmo ano, os mooffs estacionados no castelo de Atlan no planeta Maditloos ajudaram na operação contra a organização subversiva dos bucaneiros estelares. No século XVI NCG, representantes individuais também eram membros da Nova USO.
Fontes
- PR40, PR41, PR44.
- RP 382, RP 388.
- Volume Azul nº 14.
- Glossário: PR3041.
- Internet: Informações extraídas em parte do site Perrypedia (www.perrypedia.proc.org). This article uses material from the Perrypedia article “Mooffs”, which is released under the GNU Free Documentation License 1.2. Informações extraídas em parte do site Perry Rhodan Sternenatlas der Milchstrasse (www.pr-sternenatlas.de/karten.htm). Informações extraídas em parte do site Perry Rhodan und Atlan Materiequelle (www.pr-materiequelle.de). Direitos das traduções: SSPG Editora, 2024.