Sempre-verde
Povo não humano, uma raça semi-inteligente da Via Láctea originária do planeta Passá. Também são conhecidas como cobras de Passá.
Fisiologia e Dados Gerais
São seres-serpentes com comprimento de cinco a seis metros, com dois pares de braços com os quais agarram as coisas, estes seres são extremamente parecidos em sua aparência com serpentes. A cabeça arredondada de verme, possui uma série de orifícios. Em sua pele predomina os tons esverdeados e, assim os colonizadores terranos deram o nome a elas. E a sua pele se tornou a principal mercadoria. Pois, as serpentes costumam trocar de pele constantemente. Elas têm um rabo longo, magro (aproximadamente 15 cm em diâmetro e quatro a cinco metros de comprimento) com um tórax mais espesso (aproximadamente 30 cm em diâmetro e 75 cm de comprimento), do qual braços delgados, mas muito fortes, emergem. Os braços, dois para um lado, terminam em mãos de quatro dedos, com dedos polegares. A cabeça possui 50 cm de diâmetro, sendo aproximadamente esférica. Embora haja uma boca ao término da cabeça, numerosos outros orifícios servem a funções menos claras. Estes são, de fato, seus olhos de (vinte) e orelhas (oito). É interessante notar que oito (quatro na frente e quatro atrás) de seus olhos veem no espectro do infravermelho. Todos os olhos coordenam seus dados de forma que as sempre-verdes podem ver imediatamente em todas as direções. Surpreendentemente, as sempre-verdes não escorregam, mas pulam para se deslocar, usando seus braços para equilíbrio e direção. As sempre-verde são vegetarianas, e também usam as mãos para escavar em busca de alimentos. Embora sejam inteligentes, e se comuniquem bastante bem em um rico idioma vocálico (ou por códigos de tambor) eles parecem ter alcançado (talvez temporariamente) o cume de sua evolução intelectual. Com aparelhos apropriados foi feita a transposição da língua dos ofídios, riquíssima em fonemas vocálicos, quase sem consoantes, para o inglês e vice-versa. Elas parecem ser relativamente desinteressadas em tecnologia e usam apenas ferramentas muito primitivas. Elas só fazem abrigos com a finalidade de abrigar os jovens, que são depositados como ovos, até que eles sejam velhos o bastante para sobreviver por si. Uma característica interessante das sempre-verdes é que elas trocam suas peles a cada dois meses. Isto poderia não ser de interesse excepcional às pessoas comuns até que elas perceberam que aquela pele que a sempre-verde descartou era um couro forte, flexível, que pode ser tingida com facilidade e até mesmo exala um agradável aroma. Esse “perfume” é extraído para fazer o perfume de Passá e outras fragrâncias semelhantes, que, durante um certo tempo, foram extremamente populares e, de fato, estimulantes. Infelizmente, um componente secundário do perfume também é uma droga agressora poderosa, que é altamente volátil e penetra depressa através do contato da pele. Embora isto tenha sido considerado uma arma potencial contra terranos durante um tempo, descobriu-se que era rapidamente desativada nas peles e perfumes. As serpentes costumam habitar as florestas de vidro. O couro de Passá permanece um forte competidor ao bovino e outros couros no comércio interestelar.
Tecnologia
As sempre-verdes não têm, essencialmente, nenhuma tecnologia. Elas fazem uso só limitado de algumas ferramentas primitivas.
História
O Império Solar começou sua colonização do nono planeta do sistema estelar duplo Antares em um esforço para evitar a eliminação da raça terrana no ano 2048 caso a Terra fosse destruída. Para ter uma ideia de como este esforço foi levado a sério, note-se que eles moveram mais de um milhão de colonos por ano para Passá durante dez anos, e este era apenas um entre uma dúzia (mais ou menos) de planetas que eram parte do plano de colonização. Desnecessário dizer, quando vida nativa inteligente foi descoberta em Passá no ano 2056 era muito tarde para enviar todos os colonos de volta. Ao invés disso, apesar dos esforços de uma variedade de grupos conservacionistas, o Império Solar foi forçado a suspender partes do Ato de Proteção à Vida Aborígine de Passá. Afortunadamente, isto se mostrou não ser um grande problema. Os nativos pareciam bastante contentes em permanecer nas suas florestas de vidro, enquanto os colonos terranos (mesmo a maioria sendo aventureiros) preferia permanecer fora delas. Os nativos também mostravam pequeno ou nenhum interesse em tecnologia. O resultado foi o desenvolvimento de duas sociedades separadas em Passá exceto na área de couro de sempre-verdes. Ali, terranos estabeleceram postos permanentes onde as sempre-verdes nômades podiam vir, mudar suas peles, e receber comida e outros bens em troca. Após a popularidade do couro de Passá e do perfume se tornarem um fenômeno fora desse mundo, os saltadores tentaram ganhar uma parcela do negócio, um pedaço muito grande. A frota do Império Solar os convenceu a procurar lucros em outro lugar. Como o couro de Passá estava sendo importado para mercados que eram, legitimamente, dos saltadores, a alguns clãs foi permitido para trabalhar na exportação. No ano 2098, um ara descobriu uma droga de agressão moderna no “perfume” de couro de Passá, denominada de avertidin. Com uma concessão do Conselho Médico de Aralon e apoio logístico do clã de Golzak, ele pôde estabelecer uma base de pesquisa secreta em Passá e estudar os efeitos dessa droga nova em terrano. Depois, quando eles estavam prontos para testes em larga escala, eles importaram vários deuses-besta de um planeta conhecido só pelos aras. Estes se passaram como o deus dos sempre-verdes Ayaa-Oooy, o Magnífico. Com ajuda dos sempre-verdes (muito religiosos - ou, pelo menos, supersticiosos e temerosos) os aras recolheram perto de 10.000 terranos de Passá. Porém, eles foram descobertos pela Divisão III e suas operações foram interrompidas, salvando todos com exceção de aproximadamente 300 dos sequestrados. Desde essa incidência, os cientistas do Império Solar sugeriram que Ayaa-Oooy era de fato uma visita alienígena, bastante provavelmente de uma raça de seis membros que visitou Passá no passado distante. Eles também apontam à presença das árvores de vidro, contrárias a qualquer outra forma de vida em Passá (chegando a 50 metros de altura e composto de sílica). De acordo com suas antigas lendas, as árvores de vidro eram um presente de Ayaa-Oooy para os protegerem de seus inimigos. Foi-lhes demonstrado por cientistas swoons que essas árvores estavam relacionadas às areias geradoras de oxigênio de Swoofon. No ano 2102, os saltadores estavam tentando roubar o monopólio de peles dos terranos. Foi preciso a Divisão III intervir e interromper suas operações.
Capa da edição alemã: Copyright © VPM – Pabel Moewig Verlag KG, Alemanha.
Fontes
- PR106.
- Seção Glossário da edição digital da SSPG: volumes especificados no campo Glossários Veiculados.
- Internet: Informações extraídas em parte do site Perrypedia (www.perrypedia.proc.org). This article uses material from the Perrypedia article “Evergreens”, which is released under the GNU Free Documentation License 1.2. Informações extraídas em parte do site Crest-Datei (www.crest-datei.de).