Sêneca (computador)

Tecnologia computacional terrana/indivíduo artificial. Denominação da hiperimpotrônica biopositrônica de bordo da espaçonave de gerações SOL. O computador foi nomeado em homenagem ao filósofo romano, naturalista e estadista Lucius Annaeus Sêneca.

Dados Gerais

Estrutura

Ela está alojada dentro de uma esfera de aço que tem um diâmetro de apenas quinhentos metros e que está abrigada dentro da nave-mãe, instalada no meio da parte cilíndrica que une as duas metades. A parede externa da esfera é composta por aço blindado de dois metros de espessura, e há apenas duas passagens para o seu interior. Ela possui um reator nugas próprio, o que torna impossível um bloqueio externo de seu suprimento de energia. É um computador híbrido. Sêneca deve sua inteligência e individualidade a 125.000 metros cúbicos de plasma celular do Mundo dos Cem Sóis. A parte positrônica é um desenvolvimento totalmente novo da hipertecnologia siganesa. A parte positrônica é separada em seis partições redundantes, o que diminui a possibilidade de uma falha geral do sistema. A ligação entre o plasma central e a positrônica é criada através dos semicondutores de Balpirol. Em seu interior, a maioria de seus processos ocorre a velocidades ultraluz, através de hiperligações sem fio entre os blocos setoriais e o coordenador de nível final. Seus resultados podem ser fornecidos na forma de texto, gráfico ou voz. Com isso, é a mais nova conquista feita pela técnica computacional terrana. Caso tivesse sido construído segundo os mesmos princípios do cérebro lunar Nathan, teria preenchido uma esfera de aço com trinta quilômetros de diâmetro. Logo após o término de sua construção, a hiperimpotrônica recebeu uma cópia de todo o conhecimento histórico da Humanidade, armazenado originalmente em Nathan.

Como hiperimpotrônica

O lado biológico

A parte biológica do computador consistia nos 125.000 metros cúbicos de plasma celular do Mundo dos Cem Sóis e estava ligada à positrônica através dos blocos biopon via semicondutores de Balpirol. Esse plasma vivo - também chamado de ego ou setor de auto-afirmação - dava à Sêneca uma pronunciada pseudo-inteligência, embora não estivesse totalmente claro se o termo “pseudo” poderia ser mantido. Para os solanenses, seu Sêneca era inteligente e a “alma” da nave.

Alma

O argumento sobre inteligência ou apenas “pseudo-inteligência” não pode ser respondido diretamente. Para os solanenses, o computador era a alma da nave e claramente inteligente. Também foi possível ler essa consciência através de várias peculiaridades idiossincráticas que a hiperimpotrônica possuía. No entanto, a frase "Eu saberia disso!", remonta a um excedente composto semicondutor de Balpirol. Isso levou a um Sêneca exagerado em autoconfiança e consequente recusa em admitir lacunas de conhecimento. O erro ainda foi reconhecido no projeto, mas classificado como inofensivo e não dispendioso.

O lado positrônico

O lado positrônico era um novo desenvolvimento completo da hipertécnica siganesa. A parte positrônica foi dividida em seis partições separadas redundantes para evitar uma perda total em caso de dano parcial.

O engaste hipertóictico

A conexão entre plasma celular e a positrônica era produzida pelo chamado semicondutor de Balpirol. Esse é um material semi-orgânico que transforma os impulsos de comando e instrução gerados em grupos de símbolos tecnicamente utilizáveis, semelhantes a um capacete SERT.

Romeu e Julieta

Além das conexões técnicas de condução que existiam desde Sêneca para todas as partes da espaçonave de longa distância, o computador também tinha duas unidades móveis na forma do casal de robôs Romeu e Julieta, que, no entanto, não continham nenhum plasma celular orgânico. Esses robôs especiais projetados com forma humanoide, estavam estacionados nas Células-SOL e mantêm contato com Sêneca através de hiper-rádio.

História

O princípio

No ano 3540, Sêneca foi posto em serviço. Ele era nesse momento, a hiperimpotrônica móvel mais poderosa. Esta capacidade de desempenho ainda foi reforçada quando o conhecimento total de Nathan foi deixado para ele. No ano 3578, Sêneca uniu-se com o Shetanmargt keloskiano a bordo da SOL, formando uma unidade com maior capacidade. Em abril do ano 3583, o Shetanmargt desligou-se de Sêneca.

A interrupção operacional

Até 24 de dezembro do ano 3586, Sêneca dispunha sobre o conhecimento total da Humanidade, da Terra e sobre povos estrangeiros. Nesse dia, a SOL foi entregue oficialmente por Perry Rhodan aos solanenses. Depois disso, a SOL desapareceu do foco. Os solanenses apagaram todos os dados relacionados com a Terra e o antigo lar. As informações sobre planetas e povos alienígenas também se tornaram sem importância. Durante a odisseia da SOL a partir do ano 3586 até o ano 3791 (ano 204 NCG), Sêneca foi parcialmente perturbado por influências externas desconhecidas. De um ponto no tempo que não é exatamente conhecido, ele só foi capaz de controlar os sistemas de manutenção das operações da nave em uma extensão limitada. Os primeiros distúrbios foram conhecidos já no ano 3608, porém, ainda não tinham quaisquer efeitos graves.

Nota: No dia 4 de outubro do ano 3645, ocorreu uma falha total devido a uma forma desconhecida de energia, o que levou ao bloqueio das conexões biônicas pela positrônica. Esse evento fez parte de um sonho de Narod. Portanto, não é certo que o incidente realmente aconteceu dessa forma na realidade.

No ano 3650, Romeu e Julieta puseram fim a um voo dimetrans descontrolado da SOL, ocorrido em decorrência do emociochoque - já pode ter sido provocado pelo mau funcionamento de Sêneca. Em seguida, os dois robôs seguiram até a parte central da SOL, mas não chegaram ali. Sêneca informou Esterhan Soeklund, o sucessor de Joscan Hellmut, que o contato com suas filiais foi interrompido. Tanar Fridan tentou dissuadir o ciberneticista de visitar Cleton Weisel para relatar o incidente ao chefe do GTSOL. Grupos de busca vasculharam a nave por vários dias sem sucesso, até que Tanar Fridan e Sêneca pleitearam o fim da operação. Soeklund descobrira em detalhes meticulosos que a biopositrônica sofria tanto de um defeito moral na parte do plasma quanto de um defeito realmente impossível na positrônica. Segundo o ciberneticista, apenas a influência externa poderia ser a responsável. Soeklund começou a refazer o caminho de Romeu. Ele descobriu um transmissor que Romeu havia emitido. Os dados de transporte recuperados da positrônica mostraram que um segundo transporte ocorreu exatamente ao mesmo tempo. Soeklund responsabilizou Sêneca pela fraude. De forma indireta, ele chegou ao quartel-general da CS-1, que estava blindado por robôs de combate. Ali ele fez a unidade positrônica simular uma manobra de desacoplamento, durante a qual o contato com Sêneca foi interrompido na etapa final. Soeklund usou esses poucos minutos para verificar novamente os dois transportes do transmissor. O marcador de Sêneca acabou sendo o alvo do processo. Quando a contagem regressiva acabou, Soeklund abriu as entradas. Cerca de 20 robôs o levaram até a passagem para a seção intermediária. Em nome de Sêneca, as máquinas pediam ao cientista que não retornasse para a CS-1 até que o problema fosse resolvido. Soeklund não sabia exatamente o que isso significava. Como resultado de sua ação, a biopositrônica bloqueou todas as conexões do transmissor, o que irritou Cleton Weisel. Sêneca não respondeu às consultas. Foi só quando Esterhan Soeklund fez contato que a biopositrônica respondeu. Com perguntas inócuas, o ciberneticista tentou degradar a atenção de Sêneca antes de lançar a questão de quando a positrônica deveria trazer Romeu e Julieta novamente. Sêneca realmente caiu na armadilha e respondeu que os dois robôs há muito haviam sido enviados da SOL para o “destinatário” Cleton Weisel e os técnicos presentes ficaram surpresos. Quando Sêneca descreveu sua última resposta como uma piada, o chefe do GTSOL foi de opinião que Sêneca falava a verdade e realmente não sabia onde Romeu e Julieta estavam.  […].

A nave dos spoodies

No Ducado de Krandhor, a SOL, consistindo apenas na seção intermediária e a CS-1, serviu como uma nave dos spoodies por séculos. No ano 424 NCG, o betschidiano Surfo Mallagan, equipado com quatro spoodies, subiu a bordo e assumiu o controle de Sêneca. Sêneca roubou um contêiner de spoodies para poder conectar Mallagan com toda uma nuvem de pequenos simbiontes. Quando os amigos de Mallagan, Brether Faddon e Scoutie, também tiveram spoodies adicionais inseridos e contataram Sêneca, o computador de bordo fez com que robôs pegassem os dois betschidianos e os levassem para o esconderijo de Mallagan. Sêneca declarou sua intenção de se tornar a criatura mais poderosa e mais sábia já associada a Mallagan. Sêneca considerava Mallagan sua criatura. O betschidiano via de forma diferente, no entanto. Depois que Mallagan foi libertado das ordens pós-hipnóticas da Irmandade, ele pediu à Sêneca que obedecesse. O computador de bordo confirmou. Depois disso, Sêneca voltou a atuar de acordo com o Oráculo. O voo de retorno da SOL parcial para a Via Láctea revelou-se difícil, principalmente devido a problemas de funcionamento de Sêneca. Atlan presumiu que Sêneca tinha sido manipulado pela misteriosa Gesil. Quando a SOL chegou na Via Láctea em 28 de julho do ano 425 NCG, todos os spoodies que haviam sido levados a bordo alguns meses antes do asteroide Escória de Spoodies desapareceram. Nessa época, ninguém sabia que os spoodies haviam sido manipulados por Seth-Apophis. Sêneca foi influenciado pelos spoodies. Em 1º de agosto, ele atordoou a tripulação e forneceu-lhes spoodies manipulados, de modo que Atlan, Gesil e todos os membros da tripulação se tornaram escravos da superinteligência. No ano 427 NCG, a hiperimpotrônica foi completamente revisada.

No poder dos cosmocratas

No decorrer das reformas, a partir do ano 826 NCG na fábrica cósmica Matéria, quando a SOL caiu nas mãos de Shabazza, Sêneca foi temporariamente expandido pelos ajudantes de Shabazza para substituir o computador central pelo Cérebro da SOL. Descobriu-se, no entanto, que a SOL e Sêneca “cresceram juntos” fortemente. A hiperimpotrônica então foi instalada novamente. No entanto, por causa do Cérebro da SOL, Sêneca ficou incapaz de exercer qualquer controle perceptível sobre a SOL. Além disso, a célula esférica de Sêneca recebeu uma fuselagem de carit que continha os menores traços do material definitivo. Durante os eventos no Insharam e o nascimento do pré-Aquilo, o carite perdeu suas propriedades especiais. Após a recaptura da SOL por Perry Rhodan no ano 1290 NCG, o Cérebro da SOL foi destruído e Sêneca assumiu o controle da nave haltere novamente. Por meio de uma nanocoluna que Shabazza havia deixado a bordo e por engano foi levada ao interior de Sêneca por Perry Rhodan, a hiperimpotrônica assumiu a nave e, ao contrário das instruções originais do curso, conduziu-a para a Via Láctea. Em janeiro do ano 1291 NCG, o particionamento e o subsequente sacrifício da partição três conseguiram libertar Sêneca da influência da nanocoluna - apenas algumas horas antes de a nanocoluna se espalhar por todo o sistema e infectar Sêneca de uma maneira desesperada. Após a conquista da SOL por Kirmizz em 22 de setembro do ano 1345 NCG na galáxia Hangay, Sêneca foi monitorado por quatro cérebros de computação móvel de Traitor. Esses foram destruídos em 25 de setembro do ano 1346 NCG pelo kalbaron Silathe, que estava sob o controle mental de Kirmizz. Isso permitiu à Sêneca apoiar o Exército das Sombras na retomada da SOL. Sêneca comentou isso com óbvio prazer.