Titan

Espaçonave extraterrestre, uma unidade arcônida. Assim foi batizada por Perry Rhodan a espaçonave arcônida Veast’Ark, que ele havia roubado do cérebro robotizado regente no ano de 1984.

Dados gerais

Tratava-se do primeiro modelo de supercouraçado arcônida, dando início à classe Universo, com um de diâmetro de 1.500 m. Era a mais poderosa nave jamais construída até então na Galáxia. O grau de automação da nave era extremamente alto, pois ela entrou em produção no momento do governo do Robô Regente. Um verdadeiro labirinto de milhares de corredores, salas enormes e cubículos apertadíssimos foi instalado pelos engenheiros astronáuticos mais experimentados da Galáxia nesse vulto esférico, que de fora parecia formar uma massa compacta. Não havia nenhum recanto, nenhuma área, por menor que fosse, que não preenchesse alguma finalidade. O grande elevador central, que atravessava o corpo esférico em linha reta, de polo a polo, constituía o único elemento de orientação. Era um couraçado no qual uma tripulação de mil pessoas poderia desaparecer por completo. Os gigantescos salões que abrigavam as usinas geradoras estavam subdivididos em vários planos. Em seu interior, alguém poderia perder-se. No 17° convés estava instalado o departamento de botânica. O salão de conferência correspondia à magnitude soberba da Titan. Ironicamente, Bell o chamava de salão de dança, pois não era homem dado a bate-papo muito demorado. No anel equatorial, estavam instalados dezoito propulsores de gigantescas proporções. A sua aceleração máxima chegava a 600 km/s². Como naves auxiliares, levava a bordo quarenta naves auxiliares da classe Good Hope. As quarenta naves auxiliares de grande porte estavam localizadas cada vinte delas em dois hangares em forma de protuberância acima e abaixo da protuberância anelar.

Biblioteca

A biblioteca da nave era uma ala enorme e alongada, que não lembrava em nada uma biblioteca da Terra. Para se chegar até ela, a partir da central de comando, tinha-se que tomar três elevadores antigravitacionais. À direita da porta havia uma pequena mesa de ligações. Então, todo o saber acumulado de forma positrônica, estava ali para responder as perguntas que lhe fossem formuladas. Em algum lugar, naquele longo corredor, uma determinada microbobina entre cem milhões delas, se imantaria para a resposta, e o solicitante veria numa tela estável e ouviria por um alto-falante os dados solicitados, fonética e graficamente.

Naves auxiliares conhecidas

• G-020, G-021, G-022.

Comandantes

• Thora e Reginald Bell.

Membros da tripulação conhecidos

Havia mil e quinhentos homens e mulheres. Alguns membros da tripulação conhecidos são:

No ano de 1984

• Bradger (operador de rádio), Brian (capitão, operador de rádio (a bordo desde o verão do ano de 1984)), Bristal (tenente, oficial de rádio (a bordo desde o verão do ano de 1984)), Chaney (major (a bordo a partir do verão do ano de 1984)), Crimson (tenente (a bordo a partir do verão do ano de 1984)), Dee (sargento (a bordo a partir do verão do ano de 1984)), Eric Manoli (médico), Fuchs (tenente, operador de rádio), Halligan (sargento (a bordo a partir do verão do ano de 1984)), Harnahan (sargento), Hathome (tenente (a bordo a partir do verão do ano de 1984)), Hayward (dr., médico (a bordo a partir do verão do ano de 1984)), Janus van Orgter (biólogo (a bordo desde o verão do ano de 1984)), Jobson (oficial de rádio), Julian Tifflor (tenente), Kaerner (prof., médico (a bordo a partir do verão do ano de 1984)), Manuel Garand (engenheiro-chefe (a bordo a partir do verão do ano de 1984)), Marcus Everson (capitão, primeiro-oficial (a bordo desde o verão do ano de 1984)), Martin (operador de rádio), Mengs (cadete), O'Keefe (sargento (a bordo desde o verão do ano de 1984)), Orson Certch (dr., psicólogo de robôs (a bordo desde o verão do ano de 1984)), Rous (sargento, líder de uma equipe técnica), Stiller (engenheiro (a bordo desde o verão do ano de 1984)), Tanner (tenente, oficial de artilharia), Tina Sarbowna (toxicologista (a bordo a partir do verão do ano de 1984)).

Não regulares, mas considerados amigos:

• Cinquenta mooffs (a bordo desde o verão do ano de 1984).

Por volta do ano 2040

• Big Alden (comandante do canhão polar).

História

Quando Crest, Thora e os terranos sob o comando de Perry Rhodan alcançaram o sistema Árcon com a espaçonave Ganymed pela primeira vez no ano de 1984, descobriram que o imperador de Árcon havia sido destituído pelo Grande Coordenador ou Regente e substituído por um novo governante impotente. Eles entraram em contato com o coordenador de recrutamento, o almirante Kenos, um dos últimos arcônidas ativos remanescentes. Ele viu o povo terrano como uma oportunidade de apoiar o Império e, como alegados arcônidas coloniais, os designou para a espaçonave recém-fabricada Veast’Ark. Essa foi construída em meados do ano de 1984 em um estaleiro especial de Árcon III junto com uma nave-irmã. Como resultado, parte do grupo em torno de Rhodan capturou a nave em 3 de junho e fugiu de Árcon III, ao mesmo tempo que a Ganymed, que estava presa no planeta Naat até então. Primeiro, Rhodan tripulou a nave, que então chamou de Titan, com setecentos membros da tripulação da Ganymed, na qual permaneceram apenas trezentas pessoas. Rhodan viu na nova nave capitânia terrana um considerável fortalecimento da influência da Terra, pois continha o último conhecimento técnico dos arcônidas. Depois que se descobriu uma conspiração contra o Grande Coordenador no planeta Zalit, ele deixou a Titan roubada para Rhodan e o instruiu a investigar os bastidores da conspiração. Os comandantes oficiais deveriam ser os arcônidas Crest e Thora, embora ele reconhecesse a autoridade de fato de Rhodan. Rhodan não confiava totalmente no Grande Coordenador; por isso, quis esconder a Titan dele e fez o salto de transição até o sistema Thatrel em várias etapas. Depois de pousar no planeta Honur, a tripulação foi infectada com a chamada hipereuforia, uma doença causada por uma toxina secretada pelos nonus. No entanto, a Titan conseguiu decolar novamente e, no espaço, enviou um pedido de ajuda para a Terra. A Ganymed, que chegou no último minuto, salvou o supercouraçado das naves robotizadas atacantes. Com a Ganymed, oitocentos novos tripulantes e um compensador estrutural foram levados da Terra para que a Titan não pudesse mais ser localizada durante as transições. Em seguida, Rhodan retornou para Honur com a Titan e fez uma busca sistemática pelos desconhecidos que haviam espalhado a epidemia no planeta. Na verdade, uma base secreta dos aras foi encontrada de onde a peste de nonus foi espalhada. Como nenhuma cura foi encontrada por enquanto, a equipe foi colocada em um sono artificial. Os mutantes infectados, em particular, ameaçavam colocar a equipe e a si próprios em perigo. No planeta Mooff VI, os mooffs foram libertados da opressão e dos abusos dos aras. Cinquenta deles foram levados a bordo e colocados em suas próprias câmaras hiperbáricas para ajudar a encontrar uma cura. Eventualmente, os terranos conseguiram encontrar as pessoas por trás da conspiração contra Árcon. Os aras conspiraram e espalharam doenças de propósito para conseguir melhores negócios. No planeta Aralon, suas maquinações foram expostas e eles foram colocados em seus lugares. Além disso, a cura para a peste de nonus foi encontrada e os enfermos foram curados na Titan, que assim atingiu sua força total de mil e quinhentos membros da tripulação. Os aras não quiseram apenas aceitar a derrota. Por meio do superpesado Talamon, que se tornou amigo de Rhodan durante o conflito, os terranos descobriram que os aras chantageavam os saltadores, ameaçando recusar serviços médicos e contaminando as bases planetárias. Eles deveriam atacar e destruir a Terra. Os dados de posição da Terra, então conhecidos do superpesado Topthor e ancorados em sua positrônica a bordo, foram então alterados pelos mutantes. Como resultado, os superpesados destruíram o terceiro planeta do sistema Betelgeuse. Para tornar o blefe perfeito, Rhodan fingiu a destruição da Titan e sua morte durante uma manobra de salto. No final, Rhodan conseguiu encenar a destruição da Titan através de uma manobra de engano e levou a nave de volta para a Terra. Como a nova nave capitânia da Frota Solar, ela foi comandada por Reginald Bell. A Titan participou da defesa do Sistema Solar contra os druufs em maio do ano 2044 durante o Caso Columbus. Essa foi a última menção conhecida nos anais da Humanidade.

Notas: No jogo de tabuleiro não canônico Perry Rhodan-Simulation by Agema-Verlag, alega-se que a Titan foi desmontada, pois nenhum plano dessa classe estava nas mãos dos terranos, a fim de ganhar os planos para o primeiro couraçado da classe Império terrano. No entanto, como a Titan mais tarde operará em conjunto com outros supercouraçados, essa informação está incorreta. Também desviando do cânone, a descrição da Titan da galeria estelar da série de quadrinhos Perry - Nosso homem no espaço relata outros parâmetros da nave. Ali, a Titan tem uma tripulação de dois mil homens e vinte radiadores de conversão. O gráfico também mostra uma nave esférica com uma extensão cilíndrica ao qual os suportes de patamar também são fixados. Isso torna a representação mais semelhante aos supercouraçados com propulsores suplementares mostrados na capa do episódio PR233, como foram usados em Andrômeda no ano 2402.