PR01 - Missão Stardust

Eles vêm das profundezas da Galáxia - ninguém jamais havia contado com eles...

Versão Brasileira
Título

Missão Stardust

Tradutor Brasileiro
Publicação Original no Brasil
1975
Editora
Alemanha: 1ª Edição Impressa da VPM
Capa (1ª Ed. Imp. VPM)
Formato do Volume (1ª Ed. Imp. VPM)
Ilustrador da Capa (1ª Ed. Imp. VPM)
Ilustrador Interno (1ª Ed. Imp. VPM)
Alemanha: 3ª Edição Impressa da VPM
Data de Publicação (3ª Ed. Imp. VPM)
09/02/1973
Formato do Volume (3ª Ed. Imp. VPM)
Alemanha: 5ª Edição Impressa da VPM
Data de Publicação (5ª Ed. Imp. VPM)
05/10/1982
Formato do Volume (5ª Ed. Imp. VPM)
Brasil: 1ª Edição Impressa da Ediouro
Data de Publicação (1ª Ed. Imp. Ediouro)
1975
Formato do Volume (1ª Ed. Imp. Ediouro)
Ilustrador da Capa (1ª Ed. Imp. Ediouro)
Brasil: 2ª Edição Impressa da Ediouro
Capa (2ª Ed. Imp. Ediouro)
Formato do Volume (2ª Ed. Imp. Ediouro)
Ilustrador da Capa (2ª Ed. Imp. Ediouro)
Brasil: 3ª Edição Impressa da Ediouro
Capa (3ª Ed. Imp. Ediouro)
Chamada Alternativa

A Humanidade no limiar de nova era! A Terra prepara-se para conquistar seu lugar na Galáxia!

Data de Publicação (3ª Ed. Imp. Ediouro)
1983
Formato do Volume (3ª Ed. Imp. Ediouro)
Nº de Páginas do Volume (3ª Ed. Imp. Ediouro)
192
Ilustrador da Capa (3ª Ed. Imp. Ediouro)
Narrativa
Época da Narrativa

Junho e julho de 1971

Teaser: 

Após a fantástica expedição à Lua, a nave Stardust retorna à Terra. Mas, para Perry Rhodan, os verdadeiros problemas e os grandes conflitos estão apenas começando. Com a colaboração dos arcônidas e seus fabulosos recursos técnicos, ele pretende criar uma nova Humanidade, unida num só povo e uma das forças da Galáxia.


Introdução: 

O major Perry Rhodan, comandante da espaçonave Stardust, descobriu muito mais do que se supunha pudesse existir na Lua — ele veio a ser o primeiro homem a entrar em contato com outra raça.

Os arcônidas, provenientes de uma estrela distante e possuidores de um nível tão elevado de conhecimentos científicos e filosóficos que, perto deles, a Humanidade ainda estava centenas de milhares de anos atrasada.

Mas esses alienígenas, enormemente poderosos, recusavam-se a cooperar com os terrestres a menos que Perry Rhodan saísse vencedor do teste mais difícil a que um ser humano jamais se submetera...


Personagens Principais: 
  • Major Perry Rhodan - comandante da nave Stardust.
  • Capitão Reginald Bell - engenheiro eletrônico da Stardust.
  • Capitão Clark G. Fletcher - astrônomo da Stardust.
  • Tenente-médico Eric Manoli - médico de bordo da Stardust.
  • General Lesley Pounder - chefe da Força Espacial dos Estados Unidos.
  • Dr. Fleet - médico-chefe da Força Espacial dos Estados Unidos.
  • Allan D. Mercant - chefe do Conselho Internacional de Defesa.
  • Crest - cientista-chefe da expedição organizada por uma raça desconhecida.
  • Thora - comandante da nave dos arcônidas.
  • Professor Lehmann - diretor da Academia de Tecnologia Espacial da Califórnia e pai espiritual da Stardust.

Enredo Básico: 

O primeiro voo tripulado à Lua no foguete Stardust, comandado pelo major americano Perry Rhodan, sofre um pouso de emergência devido à interferência eletrônica do cruzador de pesquisa dos arcônidas Crest e Thora, que foram enviados em busca do planeta da vida eterna. Crest sofre de leucemia, e eles estabelecem um pacto de ajuda mútua. Rhodan retorna com Crest na Stardust. Ele pousa no deserto de Gobi para se estabelecer como uma potência neutra, numa tentativa de evitar uma guerra nuclear global.


Resumo: 

Na Base Aérea de Nevada Fields, verificam-se os últimos preparativos para o lançamento de um foguete tripulado ao espaço. O general Lesley Pounder, chefe do Departamento de Pesquisas Espaciais e diretor do campo de Nevada Fields, supervisiona pessoalmente as últimas verificações de rotina para a partida da espaçonave.

Já passa da meia-noite quando Pounder anuncia aos repórteres que se encontram na base do que aquela missão realmente se trata. De forma propositalmente displicente, ele faz duas revelações bombásticas sobre a missão: aquela seria a primeira viagem de uma nave tripulada à Lua, e o foguete de três estágios a ser lançado dali a três horas seria o primeiro da história a usar um mecanismo de propulsão nuclear.

De acordo com as informações do general, a nave, batizada de Stardust, seria comandada pelo major Perry Rhodan, o mais experimentado astronauta da Força Aérea norte-americana. Além de Rhodan, participariam da expedição o capitão Reginald Bell, o capitão Clark G. Fletcher e o tenente-médico Eric Manoli. Apesar do clamor dos repórteres, o general não quer dar detalhes mais específicos a respeito da missão, limitando-se a uma descrição puramente técnica.

A duas horas do lançamento, os quatro astronautas são acordados do sono profundo a que tinham sido submetidos. Eles buscam não falar sobre a partida iminente, como era de praxe nessas situações. Trocando brincadeiras e ironias entre si, tentam esconder as angústias que as reflexões sobre o voo poderiam despertar. Mas todos estão bem preparados; apenas Fletcher mostra uma leve inquietação, motivada pelo seu filho que está para nascer.

Poucos minutos antes da partida, os quatro já se encontram deitados nos assentos-leitos da Stardust. A última verificação geral foi feita pelos técnicos e pelos tripulantes. Ao final da contagem regressiva, um trovejar ensurdecedor acompanha a subida da nave. Os homens sofrem uma tremenda pressão física, decorrente da aceleração do foguete, até que o primeiro estágio da nave separa-se, e Rhodan pode enviar então uma mensagem à base, informando que tudo transcorria bem.

A ignição do segundo estágio, propelido por reação nuclear, provoca uma onda de pressão ainda maior sobre a nave e seus ocupantes. Finalmente a velocidade de escape da Terra é ultrapassada, e a separação do segundo estágio realiza-se conforme planejado. À onda de choque anterior, segue-se o efeito da ausência de gravidade, que age como uma martelada sobre todos. Por fim, as condições voltam ao normal, e os astronautas conseguem perceber que já se encontram no espaço exterior, tendo inclusive ultrapassado a órbita da estação espacial norte-americana.

A interrupção das forças titânicas a que foram submetidos traz uma sensação de alívio para todos. O dr. Manoli havia desmaiado, mas logo se recupera. É quando percebem que a boca de Fletcher estava sangrando. O capitão havia mordido fortemente a língua devido à imensa carga de pressão. Em virtude disso, Rhodan pede ao controle de Nevada Fields um adiamento de doze minutos na ativação do próximo estágio. Enquanto o dr. Manoli cuida de Fletcher, o plano de voo da Stardust é reprogramado pelos computadores do centro espacial.

Com tudo resolvido, o mecanismo de propulsão do terceiro estágio entra em operação, mas desta vez a pressão é menos forte que antes. Seguida por um raio chamejante, a Stardust é impulsionada numa velocidade vertiginosa para as profundezas do espaço. À medida que vai se aproximando da Lua, entram em ação as manobras automáticas de desaceleração, que colocam a espaçonave com a popa para a frente. A nave entra em órbita lunar, executando voltas cada vez mais reduzidas em torno do satélite. A trajetória pré-programada agora irá levar o foguete diretamente ao local de pouso, próximo ao polo sul lunar.

Os tripulantes preparam-se para o procedimento de inversão de curso, que colocará a nave em condições de pousar na superfície. Os suportes de alunissagem são estendidos para fora do corpo do foguete. Um empuxo de desaceleração diminui à metade a sua velocidade. A Stardust começa a cair numa trajetória parabólica bem aberta. Rhodan e seus companheiros aguardam então o contato remoto que ativará o último empuxo de frenagem e colocará a nave em posição vertical para iniciar o pouso.

No momento do contato, porém, algo inesperado acontece. Uma forte interferência eletrônica impede a chegada do impulso de ignição enviado pela estação de controle da Terra à nave. A Stardust continua caindo para além do ponto de pouso. Rapidamente, Rhodan interrompe o contato com a Terra, cessando a interferência, e ativa o dispositivo de pouso automático de emergência. O foguete é colocado repentinamente na vertical. Mais uma vez, seus ocupantes são submetidos a imensas forças de compressão, solavancos e fortes ruídos causados pela desaceleração. Por fim, um silêncio súbito indica que a nave pousou. Ainda tensos com os últimos acontecimentos, os demais membros da missão surpreendem-se quando Rhodan limita-se a pedir a Fletcher que localize a fonte da interferência, sem fazer mais comentários sobre o incidente.

Mais de 24 horas depois, uma reunião secreta no prédio da NASA, em Washington, avalia a situação. Allan D. Mercant, chefe do Conselho Internacional de Defesa, órgão subordinado à OTAN, pede explicações sobre as notícias veiculadas pela imprensa, que diziam que a Stardust havia sofrido um ataque proposital e até mesmo caído na Lua. O general Pounder confirma o recebimento do sinal indicador de interferência emitido pela espaçonave. Uma ampla verificação foi executada em toda a aparelhagem da Base Aérea, sem constatar qualquer falha. Também foram descartados um possível erro do comandante da nave e alguma falha nos dispositivos do foguete.

Tudo leva a crer que um transmissor situado na Lua obrigou a Stardust a realizar um pouso de emergência. Havia informações de que um foguete teria sido lançado pela Federação Asiática juntamente com a Stardust. Se esse foguete tivesse chegado antes à Lua, poderia ter causado propositalmente a interferência. A maior preocupação, porém, é com o resgate da missão. Uma segunda expedição não chegaria a tempo de trazer os homens de volta antes que seus suprimentos vitais se esgotem. Ao fim da reunião, Mercant anuncia que, na verdade, o foguete asiático explodiu após o lançamento, deixando todos ali sem explicação para as causas do incidente.

Enquanto isso, os tripulantes da Stardust deixam a nave assim que os níveis da radioatividade gerada pelos propulsores tornam-se aceitáveis. Logo constatam que um dos suportes de pouso foi danificado no choque com o chão. De resto, a nave está em boas condições. Uma tenda pneumática é armada perto da nave, para que possam trabalhar mais adequadamente nos reparos do suporte. A Stardust havia pousado além do polo sul, já na face oculta da Lua. Nesse ponto, não é possível estabelecer uma comunicação via rádio com a Terra. Contudo, apesar da situação adversa, a tripulação não dá mostras de desespero ou desânimo; apenas Fletcher, como sempre, aparenta uma pouco mais de preocupação.

xxxxRhodan encontrava-se sobre um dos vários cumes da cadeia de montanhas que rodeava a Stardust. Contemplando a paisagem imensa e desoladora ao seu redor, não encontrou nenhum outro vestígio de vida ou de movimentos suspeitos. Após observar os efeitos curiosos da falta de atmosfera e da gravidade reduzida, pediu a Bell que fizesse um teste com a pistola automática. Intrigado com a idéia, Bell usou a arma para reduzir a lascas um grande bloco de pedra que se encontrava próximo a Rhodan. Além de se surpreender com os efeitos da arma no ambiente lunar, o capitão acabou compreendendo que os objetivos de Rhodan com a experiência iam além de uma simples brincadeira. Era preciso estar preparado para tudo.

Após voltar para junto dos demais, Rhodan viu-se obrigado a explicar para Fletcher por que não era conveniente tentar decolar imediatamente com a Stardust para tentar um contato com a Terra, ou mesmo regressar de uma vez ao planeta. Para evitar quaisquer imprevistos, passaram a montar turnos individuais de guarda, enquanto os outros trabalhavam nos reparos do suporte de pouso.

Seis dias depois, com os reparos terminados, Rhodan e Bell partiram em um veículo de passeio terrestre rumo à face visível da Lua, para tentar estabelecer comunicação com a estação orbital. Era uma viagem bastante cansativa, devido aos inúmeros obstáculos da topologia lunar que deviam ser contornados. O rumo que tomavam levava-os diretamente para o ponto em que, segundo Fletcher, localizava-se a fonte da interferência.

Após atingirem o campo de visão direta, Rhodan e Bell avistaram finalmente a Terra no horizonte. Esgotados pela viagem, pararam o veículo em um platô rochoso. Apesar do cansaço, agiram imediatamente: Rhodan ativou a antena parabólica e Bell colocou o transmissor em condições de funcionamento. Estavam prontos para contatar a estação. Ao lado de Bell, Rhodan ligou o aparelho e começou a enviar sua mensagem.

Subitamente, os dois foram envolvidos por uma forte luminosidade. A antena parabólica começou a queimar num clarão intenso, e o equipamento de rádio estourou, desprendendo vapores e faíscas. Um raio de origem desconhecida atingira o veículo, destruindo totalmente a aparelhagem de comunicação. Espantados, Rhodan e Bell debatiam, tentando identificar as causas do misterioso incidente, mas sem conseguir chegar a uma conclusão razoável. Rhodan percebeu, porém, que sequer teriam segurança para decolar com a Stardust, e decidiu rumar diretamente para o local de origem da interferência, onde possivelmente estariam os atacantes.

Ao atingirem o ponto assinalado por Fletcher, saíram do veículo e seguiram a pé. À sua frente, erguia-se uma montanha escarpada com cerca de quinhentos metros de altura, que abrigava uma grande cratera. Iniciaram a escalada, mas esta acabou levando-os a um tremendo choque. Diante dos olhos daqueles homens desgastados, descortinava-se um quadro inimaginável.

Uma gigantesca espaçonave esférica, com centenas de metros de diâmetro, estava estacionada junto à parede da cratera. Aparentemente, havia feito uma pouso forçado. Atordoados, os dois homens logo constataram que aquela nave não poderia ter vindo da Terra. Diante de tal fato, Rhodan e Bell sentiram-se miseravelmente pequenos, em contraste com a tecnologia fantasticamente superior que tinham diante de si. Porém, aos poucos foram restabelecendo-se e raciocinando com mais lógica sobre a situação.

Rhodan decidiu aproximar-se da nave, seguido por um hesitante Bell. Rhodan estava mais seguro: sabia que, se os seres desconhecidos da nave quisessem realmente lhes fazer mal, isso já teria acontecido. Uma abertura ampla e luminosa surgiu na esfera. Uma espécie de rampa energética levou os dois para dentro da nave, deixando-os em uma grande sala de despressurização. Seguiram depois por um corredor até outra sala, onde uma voz, em um inglês perfeito, avisou-os de que o ar era respirável para eles.

Estavam diante de um ser de aparência humana. Seu nome era Crest, era idoso e tinha uma expressão debilitada. Outros dois seres da sua raça encontravam-se na sala, mas estavam completamente indiferentes e apáticos a toda a situação. Deitados em leitos, só davam atenção a uma tela que exibia imagens abstratas. Todo o ambiente parecia parado e sonolento.

De repente, uma bela mulher entrou na sala. Rhodan e Bell surpreenderam-se, entretanto, com a frieza, arrogância e desprezo com que ela os tratou. Era Thora, a comandante da nave. Ao contrário de Crest, ela parecia considerar os dois homens como seres completamente inferiores. Em meio a isso, Crest deitou-se num dos leitos, aparentando cansaço e despertando preocupação em Thora. Rhodan aproximou-se de um dos leitos e tentou falar com o estranho. A comandante reagiu de forma hostil e defensiva; tomada pela raiva, ultimou os homens a abandonar a nave. Rhodan ignorou-a e constatou que Crest, na verdade, estava doente.

Apesar da relutância de Thora, Crest acabou obrigando-a a aceitar a presença dos homens a bordo, com base nas leis de contato de sua raça com seres de outros mundos. Thora, furiosa, deixou a sala, e Crest pôde finalmente dialogar com os dois. Os alienígenas eram provenientes de Árcon, um mundo que, há milhares de anos, comandava um grande império estelar no centro da Galáxia. Entretanto, o império arcônida encontrava-se em decadência, esfacelado por revoltas internas e guerras entre dezenas de raças, e pela degenerescência biológica dos próprios arcônidas. Eles haviam tornado-se apáticos e sem energia, entregues tão somente à contemplação dos chamados jogos fictícios.

Os poucos indivíduos saudáveis haviam organizado uma expedição em busca de uma cura para o mal de seu povo. Crest era o cientista-chefe dessa expedição, mas sua nave viu-se obrigada a um pouso de emergência na Lua, após sofrer uma falha nas máquinas, há quatro meses. Os dois arcônidas eram os únicos entes saudáveis a bordo, e não possuíam recursos para realizar os reparos: faltavam peças e mão-de-obra para tal. Não tinham condições nem mesmo para cuidar da doença do próprio Crest, que era desconhecida por sua raça.

Um mundo novo de possibilidades surgiu na mente de Rhodan. Sem perder tempo, ele propôs um pacto a Crest. Os homens poderiam levá-lo à Terra, onde seria tratado e conseguiria a fabricação sob medida de peças para sua nave. Em troca, Crest usaria sua tecnologia para evitar uma iminente guerra atômica entre as potências do planeta, cujas desavenças agora soavam ridículas frente ao gigantesco poderio dos arcônidas e seu império galático.

Crest aceitou o acordo. Ele considerava os humanos a única raça no cenário galático que se igualava aos arcônidas em sua fase áurea, em termos de disposição e energia. Embora Thora estivesse agora confusa com toda aquela situação, ela usou um campo energético para trazer a Stardust para junto da nave arcônida, para total desespero de Fletcher e Manoli. Entretanto, o médico logo entusiasmou-se com o caso de Crest. Após mais de dez horas de análise, constatou que o cientista arcônida sofria de leucemia, e o soro contra a doença só poderia ser obtido na Terra.

Diante do fato, Rhodan pediu a Thora que abastecesse a Stardust com diversos equipamentos da tecnologia arcônida, que seriam necessários para garantir a permanência de Crest na Terra. Apesar do acordo, a comandante não permitiu que os homens regressassem ao planeta em uma nave auxiliar arcônida. Ela aceitou todas as demais exigências de Rhodan, em troca da saúde de Crest, mas advertiu-o de que seria capaz de destruir todo o Sistema Solar, caso algo saísse errado.

A euforia tomou conta do general Pounder quando a Stardust surgiu na tela do radar da central de Nevada Fields. A nave mergulhava na atmosfera terrestre em órbitas concêntricas. Pelo rádio, Rhodan alegara rapidamente uma falha nos propulsores para explicar o seu silêncio prolongado. Entretanto, Mercant, o chefe do Conselho Internacional de Defesa, havia determinado o isolamento completo da Base Aérea por tropas do Exército. Sua desconfiança diante daquela situação tornou-se plausível quando a Stardust desviou-se do seu curso normal. Rhodan assumira o controle manual de navegação, e estava guiando a nave em outro rumo, enquanto emitia o sinal internacional de SOS não codificado.

Ao penetrar no espaço aéreo da Sibéria, o curso do foguete foi desviado para o sul. Nas bases de defesa anti-aérea soviéticas, a constatação de que se tratava de um foguete astronáutico que irradiava o sinal de SOS evitou o disparo de milhares de mísseis por engano. Em vez disso, várias divisões das Forças Armadas asiáticas foram mobilizadas para capturar o foguete após o pouso.

Rhodan aterrissou a nave como um avião no deserto de Gobi, no norte da China. Rapidamente, ele bloqueou os cintos de segurança dos demais tripulantes e empunhou a arma automática contra eles. Surpreendidos com a mudança do local de pouso, todos esperaram por uma explicação, e Fletcher logo acusou Rhodan de traição. Porém, o comandante logo apresentou suas razões.

Para Rhodan, pousar em Nevada Fields seria uma tremendo erro. Crest seria capturado e submetido a análises e estudos. Sua sabedoria certamente seria usada pelas autoridades americanas para impor-se ao restante do mundo. Na verdade, isso poderia acontecer em qualquer país em que pousassem, o que viria a gerar uma situação de tensão internacional que fatalmente levaria a um conflito atômico. Por isso é que Rhodan pousara naquele lugar afastado. A única maneira de evitar que o poder da tecnologia arcônida caísse nas mãos de uma só potência da Terra seria opor-se a todas elas, criando um novo poder neutro que fosse capaz de unir a Humanidade e colocá-la em condições de evoluir no cenário cósmico que haviam acabado de descobrir.

Todos acabaram admitindo que Rhodan tinha razão, embora Fletcher mostrasse-se ainda relutante. Crest acrescentou que também havia pedido a Rhodan que agisse daquela forma, para garantir a sua liberdade pessoal. Os homens começaram a preparar-se para a chegada das tropas asiáticas. Agora, tinham uma nova e muito mais difícil missão a cumprir.


Trecho: 

"No porão de carga da Stardust, uma máquina misteriosa começou a zumbir. O terceiro poder estava iniciando as suas atividades. Perry Rhodan sorriu para o céu azul. Com movimentos lentos, foi retirando os distintivos e as platinas do seu uniforme.

O major Perry Rhodan acabara de se desligar da Força Espacial dos Estados Unidos."


Encerramento: 

A Stardust voltou à Terra sã e salva. Mas, para Perry Rhodan, os verdadeiros problemas e os grandes conflitos estavam apenas começando. Isto porque, com a ajuda dos avançados recursos técnicos dos arcônidas, ele pretende criar algo que deverá realizar a unificação da Humanidade: A TERCEIRA POTÊNCIA.

Episódios Imediatos
Próximo Episódio: 

Créditos: 

Dados e resumo breve criados com base no texto original da série e em material obtido no antigo site oficial da série em inglês.

Resumo detalhado escrito por Rodrigo de Lélis a partir do texto original da série.

Capas da edição alemã: (c) Pabel Moewig Verlag KG.

Capa da edição brasileira: (c) Editora Tecnoprint Ltda.