Morl Weynard
Terrano. Era o companheiro de vida de Margaux Weynard. Ele era um homem magro, mais alto que a média, com cabelos longos e frequentemente desgrenhados e um olhar ausente. Tinha olhos azuis, que pareciam enxergar lonjuras das quais nem mesmo os keloskianos tinham conhecimento. O seu osso nasal sofrera uma fratura durante uma entrevista levemente fracassada, e Morl o ostentava como uma condecoração, como uma prova da sua estreita ligação com a profissão. O fato de ele não levar a higiene muito a sério não era surpreendente, pois tinha se devotado ao ideal do jornal clássico, impresso com tinta sobre papel. Em fins do ano 3582, ele era o chefe de redação, revisor, paginador, compositor, artista gráfico e editorialista do jornal Gazeta da SOL; além disso, também era redator de classificados. A ideia que Morl tinha de um jornal bem-sucedido resumia-se a que o leitor despreparado da Gazeta deveria ficar com os olhos esbugalhados pela mera visão da manchete – o resto viria por si mesmo. Ela era exatamente o tipo de mulher que ele sempre procurara. Morl ainda não entendia direito por que Margaux tinha se engraçado justamente com ele, a ponto de ambos terem assinado um contrato matrimonial de longo prazo. Foi designado como tripulante da nave Bicho-da-Seda, a pedido de Margaux.
Fonte
- PR788.